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sábado, 28 de março de 2015

5 CIDADES BRASILEIRAS ESTÃO ENTRE AS 20 MAIS DESIGUAIS DO MUNDO, AFIRMA A ONU

Cinco cidades brasileiras estão entre as 20 mais desiguais do mundo. Relatório apresentado na abertura do 5º Forum Urbano Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), no Rio, revela que Goiânia (10ª), Belo Horizonte (13ª), Fortaleza (13ª), Brasília (16ª) e Curitiba (17ª) são as que apresentam as maiores diferenças de renda entre ricos e pobres no País. O documento "O Estado das Cidades do Mundo 2010/2011: Unindo o Urbano Dividido" também informa que o Brasil é o país com a maior distância social na América Latina.

Ocupação irregular em Curitiba.
O Rio de Janeiro, na 28ª posição, e São Paulo, na 39ª, também são cidades consideradas com alto índice de desigualdade, de acordo com o relatório da ONU. Nove municípios na África do Sul lideram o ranking. As capitais da Nigéria, Etiópia, Colômbia, Quênia e Lesoto também estão entre as mais desiguais. No total, 138 cidades de 63 países em desenvolvimento foram analisadas. O relatório baseia suas conclusões no coeficiente Gini - cujos indicadores medem a concentração de renda de um país.

Na avaliação do coordenador do relatório e diretor do Centro de Estudos e Monitoramentos das Cidades do Programa da ONU para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), o mexicano Eduardo Lopez Moreno, existe vínculo direto entre desigualdade e criminalidade. Mais do que custos sociais, o abismo entre ricos e pobres também provoca prejuízos econômicos.

Favela em Goiânia.
"Estatisticamente falando, existe sim um vínculo. É muito possível que a cidade mais desigual vai gerar muito mais fácil distúrbios e problemas sociais. As autoridades desses países vão deslocar recursos que deveriam ir para investimentos para conter esses movimentos sociais. O custo social acaba se traduzindo em custo econômico", afirmou Moreno.

Favelas

Em termos de favelização, o estudo da ONU apresenta resultados paradoxais para o Brasil. Apesar de ter sido o país que apresentou o maior número absoluto de pessoas que deixaram de viver em condições de favelização na América Latina - 10,4 milhões -, a pesquisa mostrou que o desempenho relativo ficou abaixo dos vizinhos. Enquanto as condições de moradia melhoraram para 16% da população brasileira, este índice ficou em 40,7% na Argentina, 39,7% na Colômbia, 27,6% no México e 21,9% no Peru.

Favela em Belo Horizonte.
As estimativas apresentadas na pesquisa são de que mais de 227 milhões de pessoas no mundo todo deixaram de viver em regiões faveladas desde o ano 2000. Isso representa uma evolução 2,2 vezes maior do que o estimado nas Metas de Desenvolvimento do Milênio, que haviam estabelecido objetivo de melhorar as condições de habitação de 100 milhões de pessoas até 2020.

"A situação melhorou em dez anos, mas infelizmente no mesmo período o aumento líquido dos pobres urbanos é de 55 milhões", disse Anna Tibaijuka, diretora-executiva do ONU-Habitat.

De acordo com a metodologia da pesquisa, deixar de viver em condição de favelização não significa necessariamente mudança de residência ou remoção de comunidade. Acesso a saneamento básico e água potável, o material utilizado nas moradias e a densidade das residências são os fatores para avaliar se uma região é ou não favelada.

terça-feira, 10 de março de 2015

EFEITO DAS PLACAS TECTÔNICAS NO VALE DO SILÍCIO

   Ao sul do Vale do Silício, uma cidade inteira está sendo deformada lentamente devido ao movimento das placas tectônicas. 










Fonte: The Daily Beast

sexta-feira, 6 de março de 2015

DESERTO VERDE


FAVELAS COMO MODELOS PARA CIDADES DO FUTURO?

Uma cidade em que as pessoas caminhem mais e dirijam menos. Uma cidade em que a vontade da comunidade seja respeitada e considerada no planejamento urbano. Parece um sonho distante?


Para um dos ambientalistas mais respeitados da Grã-Bretanha, esses elementos já estão presentes em favelas brasileiras e poderiam ser um exemplo para as cidades-verdes do futuro. "Precisamos ser mais sensíveis à forma como as comunidades querem viver junto", diz o físico britânico (nascido na África do Sul) sir David King, presidente do grupo de inovação urbanística Future Cities Catapult. "É um processo de construir comunidades, não destruí-las. Construir um ambiente em que as pessoas encontrem seus vizinhos, trabalhem com eles em projetos comunitários", afirma ele.

Barcelona.
Mas isso não significa que as favelas sejam um modelo em todos os sentidos. O que King defende é a adoção de duas de suas mais desejáveis características: a forma de auto-organização das comunidades, evitando o planejamento "de cima para baixo", e distâncias que podem ser vencidas a pé. King também traça um paralelo entre as favelas e as cidades medievais. Ele defende que uma cidade planejada "do zero" a partir do modelo de favelas e cidades medievais se aproximaria de Barcelona - e seria o oposto da capital econômica do Texas, Houston.

Houston,

terça-feira, 3 de março de 2015

QUAL PAÍS TEM UM MAIOR NÚMERO DE LEITORES ?



      De acordo com o NOP World Index Score Cultura, leitores na Índia estão fazendo o resto do mundo ficar para trás. 

Abram seus olhos !!!

1. Índia — 10 Horas, 42 Minutos
2. Tailândia — 9:24
3. China — 8:00
4. Filipinas — 7:36
5. Egito — 7:30
6. República Tcheca — 7:24
7. Russia — 7:06
8. Suécia — 6:54
8. França — 6:54
10. Hungria — 6:48
10. Arábia Saudita — 6:48
12. Hong Kong — 6:42
13. Polônia — 6:30
14. Venezuela — 6:24
15. África do Sul — 6:18
15. Austrália — 6:18
17. Indonésia — 6:00
18. Argentina — 5:54
18. Turquia — 5:54
20. Espanha — 5:48
20. Canada — 5:48
22. Alemanha — 5:42
22. EUA — 5:42
24. Itália — 5:36
25. México — 5:30
26. U.K. — 5:18
27. Brasil — 5:12
28. Taiwan — 5:00
29. Japão — 4:06
30. Coréia — 3:06


Fonte: Mental Floss

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

MAIOR FAVELA DA ÁFRICA GANHA RUAS ASFALTADAS, BANHEIROS E WI-FI GRATUÍTO

Kibera, a favela queniana que foi cenário do filme O Jardineiro Fiel e é conhecida por sua superpopulação, pobreza e más condições sanitárias, está sendo remodelada e modernizada.

Kibera.
Fundada mais de cem anos atrás, Kibera abriga cerca de 1 milhão de habitantes, um quinto da população de Nairóbi (capital do Quênia), e até recentemente não figurava em nenhum projeto governamental. A favela é formada por 15 comunidades. Uma delas, Mashimoni, é repleta de cabanas de lama e casas de latão. A única infraestrutura formal é um banheiro, recém-construído.

Boniface Ouma, morador de Kibera há 37 anos, diz que as mudanças são perceptíveis: a região agora tem ruas asfaltadas, clínicas móveis e postos policiais instalados em contêineres, iluminação nas ruas e até wi-fi. Uma das principais questões, no entanto, é a moradia. Os moradores não têm títulos de propriedade de suas casas, então tecnicamente os terrenos ainda pertencem ao governo. Isso não impede os descendentes dos moradores originais de sublocarem seus casebres para moradores mais recentes.

Agora, porém, o governo está construindo casas permanentes, com condições sanitárias adequadas. Anne Waiguru, ministra do Planejamento do Quênia, disse à BBC que o governo quer "que essas novas casas se tornem o padrão mínimo para os moradores de Kibera".

Banheiros voadores

Ainda que a vida em barracos improvisados e sem rede de esgoto continue sendo a realidade para muitos dos moradores, uma nova Kibera está tomando forma. Lojas de roupa, açougues, padarias e mercearias foram reconstruídos; caminhões de lixo – ainda que raros – são vistos nas ruas, enquanto trabalhadores constroem novas estradas e encanamentos.

A reportagem vê dez pessoas trabalhando para desbloquear uma das principais redes de esgoto, instalando drenos. A rede está repleta de lixo, e o cheiro de dejetos humanos toma conta do ambiente. "Se conseguirmos manter o encanamento limpo, será menos provável que as crianças adoeçam", diz um transeunte.

Nairóbi, Quênia.
Por ali, uma das novidades mais bem-vindas são os novos banheiros com descargas. Antes, moradores usavam sacolas de plástico para recolher seus dejetos, depois jogados nos rios mais próximos ou mesmo nas ruas. Eram os chamados "banheiros voadores". "Agora não pegaremos mais doenças como antes", diz Catherine Mueni, moradora antiga da favela. O governo diz que planeja construir 182 banheiros comunitários na favela. Por enquanto, 90 estão completos.

Desemprego

Cerca de 50% dos trabalhadores da favela trabalham em Nairóbi, em geral como mão de obra barata e de pouca qualificação. Mas o desemprego ainda é alto, sobretudo entre os jovens. Muitos moradores passam o dia à toa, em geral envolvendo-se em brigas com a polícia ou consumindo drogas e álcool.

Como parte da revitalização, alguns jovens moradores estão sendo estimulados a empreender: a ideia é que eles vendam alimentos produzidos localmente, como couve, milho e peixe. Mas Boniface Oruma está preocupado com o futuro desses projetos. "Precisamos de soluções de longo prazo, e alguns projetos, como esse dos vegetais e de lagos para peixes, não são realmente sustentáveis a longo prazo." Outros jovens estão sendo recrutados para trabalhar na construção civil. Desde o início dos trabalhos de modernização, 5 meses atrás, mais de 3,5 mil pessoas foram empregadas.

Situação precária em Kibera.
Como todo o trabalho é feito pelos próprios moradores, o governo espera que, quando a reforma de dois anos acabar, a comunidade possa continuar a construir mais casas. Quanto às novas estradas, a vendedora ambulante Millicent Atieno diz que trata-se de uma faca de dois gumes. "Ficou mais fácil chegar ao mercado e os meios de transporte me deixam bem em frente à minha tenda", diz ela. No entanto, como algumas casas foram removidas pelo governo, ela tem menos clientes morando perto.

Mudança duradoura?

Até recentemente, Kibera não tinha água encanada, e os moradores recorriam à água suja da represa de Nairóbi. Dirigindo pelas comunidades da favela, a reportagem da BBC viu diversas filas de moradores que queriam usar a torneira comunitária, um avanço em relação às águas turvas da represa. Autoridades acreditam que, se os moradores forem diretamente envolvidos na renovação de Kibera, cuidarão para que os avanços sejam preservados. Maria Kowa, 32, mãe de três filhos, concorda. "Esta é a nossa casa. Se não cuidarmos dela, depois de tudo, só poderemos culpar a nós mesmos", diz ela. "Fico feliz em ver que meus filhos não terão as mesmas dificuldades que eu tive." Ela espera que coletar água da represa seja coisa do passado e sonha com o dia em que tenha água corrente dentro de sua casa. Esse dia ainda está longe, mas muitos moradores esperam que ao menos Kibera deixe de ser sinônimo de caos e pobreza extrema para se tornar apenas um bairro a mais em Nairóbi.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

CASO BEIJA-FLOR E GUINÉ EQUATORIAL

        Beija-Flor é campeã do carnaval do Rio de 2015 com desfile que homenageou a Guiné Equatorial. Este país africano conta com cerca de 35 anos de ditadura, cujo presidente Teodoro Obiang Nguema é acusado de violação dos direitos humanos. Supostamente, o governo da Guiné Equatorial doou cerca de 10 milhões de reais à Beija-Flor. Na foto, em azul, o filho do ditador Obiang acompanhando o desfile.



Filho do ditador Obiang acompanhando o desfile da Beija-Flor.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

APÓS ÊXODO E FALÊNCIA, DETROIT ENSAIA RESSURREIÇÃO

Em uma fria tarde de sábado, centenas de pessoas lotam o ginásio da Escola Secundária de Mumford, em Detroit. A imensa maioria delas tem em mãos papéis na cor laranja. Elas estão aqui para comprar terrenos vazios localizados perto de suas casas por um valor módico: US$ 100 (R$ 278). Trata-se de uma tentativa do novo prefeito, Mike Duggan, e do conselho municipal de encontrar novos donos para as dezenas de milhares de propriedades abandonadas pela cidade.

Dezenas de milhares de propriedades  estão abandonadas em Detroit.
Os lotes vazios são uma das memórias mais dolorosas da classe média que prosperou em meio ao boom da indústria automobilística de Detroit. Isso antes das demissões, que culminaram em centenas de milhares de pessoas abandonando a cidade. Como resultado, bairros inteiros ficaram "às moscas".A americana Sheryl Shockley mostra documento de compra de imóvel abandonado ao lado de sua casa

Foi um êxodo sem precedentes. Desde 1960, a população da cidade caiu de 2 milhões de habitantes para os atuais 700 mil. E, quando se imaginava que nada de pior pudesse mais acontecer, há um ano e meio, as autoridades de Detroit declararam a cidade falida.

Desde 1960, a população de Detroit caiu de 2 milhões de habitantes para os atuais 700 mil.
Mas com o placar eletrônico do ginásio da escola registrando o número de lotes vendidos, há uma sensação palpável aqui que aponta para um novo 'recomeço'. A americana Sherry Shockley, moradora de Detroit, comprou um dos lotes. Há 15 anos, ela cuida do terreno abandonado ao lado de sua casa. "Quando comecei a cuidar desse terreno, não havia árvores ─ agora, elas estão da mesma altura que edifícios", diz ela. Sherry reconhece que os últimos anos têm sido difíceis, à medida que as finanças da cidade entraram em colapso e serviços básicos, como a polícia, sucumbiram à má administração crônica dos políticos locais. "Lutei contra as gangues que queriam depredar a casa ao lado", conta. "Tinha que sair na rua e gritar: "Vocês não vão danificar o meu bairro", relembra. Mas hoje é diferente. "Tenho um sentimento de que há uma nova sensação de segurança na cidade."

Detroit antes e depois.
Um ano e meio atrás, a outrora capital mundial da indústria automobilística americana parecia ter ficado sem combustível. Detroit era uma cidade assustadora e escura ─ literalmente, uma vez que apenas 40% de todo o equipamento de iluminação pública funcionava. A cidade se sentia abandonada – sensação compartilhado por aqueles que permaneceram, muitos dos quais encaravam a declaração de falência como uma tentativa do Estado de Michigan e dos credores da cidade de finalmente apagá-la do mapa. Quando eu estive aqui no início do processo de falência em outubro de 2013, centenas de moradores tomaram as ruas, gritando "bancos resgatados, Detroit abandonada", em alusão à decisão do governo americano de socorrer instituições financeiras fortemente abaladas pela crise de 2008.

Fonte: BBC.

sábado, 31 de janeiro de 2015

A CORRUPÇÃO PELO MUNDO


    Mapa com o Índice de Percepção da Corrupção (CPI) em 180 países elaborado a partir de dados de 2014. Quanto mais próximo de 100, menor a percepção. O Brasil aparece com score 43, 69 posição. Já a Dinamarca aparece com score 92, na primeira posição. Para o cálculo, o CPI leva em conta informações sobre os aspectos administrativos e políticos da corrupção. Em termos gerais, os levantamentos e avaliações usados para compilar o índice incluem as questões relativas à corrupção de funcionários públicos , propinas nos contratos públicos , desvio de fundos públicos , e perguntas que sondam a força e a eficácia do setor público nos esforços anti-corrupção.

Para mais informações sobre o assunto acesse

Fonte: ChartsBin.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

16 DAS 50 CIDADES MAIS PERIGOSAS DO MUNDO SÃO BRASILEIRAS

As cidades da América Latina são as mais perigosas entre todas as cidades do mundo. É o que diz um relatório da fundação City Mayors, centro de estudos dedicado a temas urbanos, que concluiu que 47 das 50 localidades mais violentas do planeta ficam no continente. As exceções são Cidade do Cabo, na África do Sul, além de Detroit e Nova Orleans, ambas nos Estados Unidos. O critério para a elaboração da lista foi o número de homicídios registrados por ano em cada grupo de 100 mil habitantes.


No ranking geral, pela terceira vez consecutiva, a campeã foi San Pedro Sula, cidade com 720 mil moradores no norte de Honduras. Por lá, são registrados 187 assassinatos a cada grupo de 100 mil pessoas, taxa que segue crescendo. A presença do tráfico internacional e as disputas entre gangues locais são as principais causas das mortes. 

San Pedro Sula.
Caracas, na Venezuela, ocupa o segundo lugar da lista. A capital venezuelana tem quase 3 milhões de habitantes e registra 134 homicídios em cada grupo de 100 mil. O terceiro lugar é da turística Acapulco, cidade portuária mexicana com quase 700 mil moradores e taxa de 113 mortos por 100 mil. Quase um terço das 50 cidades do ranking fica no Brasil, o país de maior presença na lista do City Mayors, que pode ser lida na íntegra aqui.

Os países com mais cidades violentas
(apenas dois não são latinos*)

1º) Brasil
16 cidades

2º) México
9 cidades

3º) Colômbia
6 cidades

4º) Venezuela
5 cidades

5º) Estados Unidos*
4 cidades

6º) África do Sul*
3 cidades

7º) Honduras
2 cidades

8º) Guatemala, El Salvador, Jamaica, Haiti e Porto Rico
1 cidade cada um

O documento destaca que “moradores de cidades do Brasil, México e Colômbia correm mais risco de serem atingidos nas batalhas entre gangues rivais”. Entre as cidades brasileiras, a mais violenta é Maceió, com taxa de 80 em cada 100 mil. Depois dela vêm Fortaleza, com 73, e João Pessoa, com 67. No patamar de 57 a 58 por 100 mil, aparecem Natal, Salvador, Grande Vitória e São Luís, nesta ordem.

Capina Grande, na Paraíba, é a única não capital a figurar entre as mais violentas do Brasil. Com 500 mil habitantes, ela vive o paradoxo de estar sob a tensão da violência ao mesmo tempo em que é considerado um dos locais mais prósperos da região, por ser um importante pólo industrial e tecnológico e concentrar dezessete universidades. Veja abaixo:

Campina Grande.

As cidades mais perigosas do Brasil
(conforme a taxa de homicídios por 100 mil habitantes)

1º) Maceió 
80 homicídios por 100 mil habitantes/ 5º lugar no ranking geral

Maceió.
2º) Fortaleza
73 homicídios por 100 mil habitantes/ 7º lugar no ranking geral

3º) João Pessoa
67 homicídios por 100 mil habitantes/ 9º lugar no ranking geral

4º) Natal
58 homicídios por 100 mil habitantes/ 12º lugar no ranking geral

5º) Salvador
58 homicídios por 100 mil habitantes/ 13º lugar no ranking geral

6º) Grande Vitória**
57 homicídios por 100 mil habitantes/ 14º lugar no ranking geral

7º) São Luís
57 homicídios por 100 mil habitantes/ 15º lugar no ranking geral

8º) Belém
48 homicídios por 100 mil habitantes/ 23º lugar no ranking geral

9º) Campina Grande
46 homicídios por 100 mil habitantes/ 25º lugar no ranking geral

10º) Goiânia
45 homicídios por 100 mil habitantes/ 28º lugar no ranking geral

11º) Cuiabá
44 homicídios por 100 mil habitantes/ 29º lugar no ranking geral

12º) Manaus
43 homicídios por 100 mil habitantes/ 31º lugar no ranking geral

13º) Recife
37 homicídios por 100 mil habitantes/ 39º lugar no ranking geral

14º) Macapá
37 homicídios por 100 mil habitantes/ 40º lugar no ranking geral

15º) Belo Horizonte
35 homicídios por 100 mil habitantes/ 44º lugar no ranking geral

16º) Aracaju
33 homicídios por 100 mil habitantes/ 46º lugar no ranking geral

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

PRODUÇÃO ACADÊMICA E LIXO CIENTÍFICO NO BRASIL

Dois artigos publicados recentemente pela revista britânica "Nature", especializada em ciência, deixam o Brasil e, em especial, a comunidade acadêmica brasileira, profundamente envergonhados.

A "Nature" nos acusa, em primeiro lugar, de produzir mais lixo do que conhecimento em ciência. Nas revistas mais severas quanto à qualidade de ciência, selecionadas como de excelência pelo periódico, cientistas brasileiros preenchem apenas 1% das publicações.

Quando se incluem revistas menos qualificadas, porém, ainda incluídas dentre as indexadas, o Brasil se responsabiliza por 2,5%. O que a "Nature" generosamente omite são as publicações em revistas não indexadas, que contêm número significativo de publicações brasileiras, um verdadeiro lixo acadêmico.

O segundo golpe humilhante para a ciência brasileira exposto pela revista se refere à eficiência no uso de recursos aplicados à pesquisa. Dentre 53 países analisados, o Brasil está em 50º lugar. Melhor apenas que Egito, Turquia e Malásia.

Tomemos um exemplo. O Brasil publicou 670 artigos em revistas de grande prestígio, enquanto no mesmo período o Chile publicou 717, nessas mesmas revistas. O dado profundamente inquietante é que enquanto o Brasil despendeu em ciência US$ 30 bilhões, o Chile gastou apenas US$ 2 bilhões.

Quer dizer, o Chile, que aliás não está entre os primeiros em eficiência no mundo científico, é 15 vezes mais eficiente que o Brasil. Alguma coisa está errada, profundamente errada. A academia brasileira, isto é, universidades e institutos de pesquisas produzem mais pesquisa de baixa do que de boa qualidade e as produz a custos muito elevados. Há certamente causas, talvez muitas, para essa inadequação.

A primeira decorre de um "distributivismo" demagógico. É evidente que seria desejável que novos centros de pesquisas se desenvolvessem em regiões ainda não desenvolvidas do país. Mas é um erro crasso esperar que uma atividade de pesquisas qualquer venha a desenvolver economicamente uma região sem cultura adequada para conviver com essa pesquisa.

Seria desejável que investimentos maciços fossem aplicados em pesquisas em instituições localizadas em regiões pouco desenvolvidas, mas cujo meio ambiente é capaz de absorver os benefícios dessa inserção.

O segundo mal que é causa inquestionável da diminuta e dispendiosa produção de conhecimento é o obsoleto regime de trabalho que regula a mão de obra do setor de pesquisas em universidades públicas e na maioria dos institutos.

O pesquisador faz um concurso - frequentemente falsificado - no começo de sua carreira. Torna-se vitalício. Quase sempre não precisa trabalhar para ter aumento de salário e galgar postos em sua carreira. Ora, qual seria, então, a motivação para fazer pesquisas?

O terceiro problema é o sistema de gestão de universidades públicas e instituições de pesquisa, cuja burocracia soterra qualquer iniciativa dos poucos bem-intencionados professores e pesquisadores que ainda não esmoreceram.

Pois bem. Há uma fórmula que evita todos esses males e que já foi experimentada com sucesso em algumas das instituições científicas do Brasil: a organização social. A resistência dos medíocres e parasitas e a falta de coragem política de algumas de nossas autoridades impedem a solução desse problema.

ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, físico, é professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

CHUCK NORRIS CRITICA MONSANTO

CHUCK NORRIS CRITICA MONSANTO E OS DANOS QUE A EMPRESA CAUSA ​​À SAÚDE GLOBAL


     Em artigo, o ator estadunidense fala sobre o perigo do glifosato, o herbicida mais utilizado no mundo.

    O ator Chuck Norris escreveu um contundente artigo contra a Monsanto e os danos que a empresa causa ​​à saúde global


  O famoso ator americano Chuck Norris, preocupado com os riscos que representa para a saúde o herbicida mais popular no mundo - glifosato -, falou em um artigo sobre os perigos deste produto fabricado pela Monsanto.


   "Sempre aparece algo que pode colocar em risco a nossa saúde e bem-estar, mas o problema é que a ameaça nem sempre é clara", escreve Norris em sua publicação no WND Health.


    O ator assinala que um exemplo é o glifosato, o ingrediente ativo do herbicida Roundup da Monsanto, o mais vendido no mundo. De acordo com vários estudos, o uso intensivo do glifosato está causando problemas para plantas e animais, e até seres humanos.


   No entanto, diz o ator, para a regulamentação do glifosato, o governo se baseia em evidências e dados fornecidos pela Monsanto, que considera os riscos insignificantes. "Mas eu tenho uma sensação incomoda ao ouvir expressões 'risco insignificante ou provas insuficientes', quando a questão é o potencial impacto e a proliferação contínua de um composto sintético que ainda precisa ser objeto de estudo amplo e independente por parte do governo dos Estados Unidos", ressalta.


    Norris argumenta que "devemos estar vigilantes neste momento em que o glifosato está sendo submetido a um registro padrão pela Agência de Proteção Ambiental." A agência está determinando seu uso. Se o mesmo deve continuar como está, ou se deverá ser limitado ou suspenso.


Clique aqui para ler o artigo em inglês.

Fontes:
Da LaiguanaTV

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

LITUÂNIA PREPARA CIDADÃOS PARA EVENTUAL INVASÃO RUSSA

A Lituânia lançou um manual de sobrevivência em guerra. O mais recente e 19.° membro da zona euro receia uma eventual investida militar russa no país e já está a precaver os cidadãos.

“Mantenha uma mente sã, não entre em pânico e não perca a clareza de pensamento. Tiros mesmo do lado de fora da sua janela não significam o fim do Mundo”, lê-se no manual, que deverá começar a ser enviado pelo Ministério da Defesa para as bibliotecas lituanas na próxima semana.

O tutorial impresso explica aos cidadãos como devem resistir à eventual ocupação russa, com manifestações e greves ou “pelo menos executando o seu trabalho pior do que o normal.”

Capa do tutorial.
Em caso de invasão, o manual sugere aos lituanos para se organizarem através das redes sociais Twitter e Facebook, tentando ao mesmo tempo ataques cibernéticos contra o inimigo.

A Lituânia passou grande parte do século XX incorporada na União Soviética, como a Letônia ou a Estônia. Assim que conseguiu a independência, após o fim do bloco, em 1991, perseguiu a associação à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e à União Europeia. Conseguiu-o. A 1 de janeiro deste ano entrou também para a zona euro e foi invadida, no bom sentido, pela moeda única europeia.

Os receios face à Rússia têm vindo a crescer devido à intervenção não assumida de Moscovo no conflito no leste da Ucrânia e foram reforçados pelos exercícios militares russos em dezembro no enclave de Kaliningrado, que integraram cerca de 9 mil soldados e mais de 55 navios de guerra.

“Os exemplos da Geórgia e da Ucrânia, que perderam parte dos respetivos territórios, mostram-nos que não podemos pôr de parte uma situação similar na Lituânia. Temos de estar preparados”, disse à Reuters o ministro da Defesa Juozas Olekas, acrescentando: “Quando a Rússia começou a agressão na Ucrânia, os lituanos perceberam que o nosso vizinho não é um amigo.”

Coluna blindada russa em direção à Ucrânia.
Para lá do manual de sobrevivência em guerra para os cidadãos, o Governo da Lituânia esta também a considerar a exigência de que todos os futuros edifícios a serem construídos no país integrem um abrigo antibomba nas proximidades.

Fonte: Euro News.

RIQUEZA DE 1% DEVE ULTRAPASSAR A DOS OUTROS 99% ATÉ 2016, ALERTA ONG


     Renda anual individual de parcela mais rica da sociedade pode chegar a R$ 7 milhões.


    A partir do ano que vem, os recursos acumulados pelo 1% mais rico do planeta ultrapassarão a riqueza do resto da população, segundo um estudo da organização não-governamental britânica Oxfam.

    A riqueza desse 1% da população subiu de 44% do total de recursos mundiais em 2009 para 48% no ano passado, segundo o grupo. Em 2016, esse patamar pode superar 50% se o ritmo atual de crescimento for mantido.

     O relatório, divulgado às vésperas da edição de 2015 do Forum Econômico Mundial de Davos, sustenta que a "explosão da desigualdade" está dificultando a luta contra a pobreza global.

    "A escala da desigualdade global é chocante", disse a diretora executiva da Oxfam Internacional, Winnie Byanyima.

   "Apesar de o assunto ser tratado de forma cada vez mais frequente na agenda mundial, a lacuna entre os mais ricos e o resto da população continua crescendo a ritmo acelerado."

Desigualdade

     A concentração de riqueza também se observa entre os 99% restantes da população mundial, disse a Oxfam. Essa parcela detém hoje 52% dos recursos mundiais.

      Porém, destes, 46% estão nas mãos de cerca de um quinto da população.

     Isso significa que a maior parte da população é dona de apenas 5,5% das riquezas mundiais. Em média, os membros desse segmento tiveram uma renda anual individual de US$ 3.851 (cerca de (R$ 10.000) em 2014.

    Já entre aqueles que integram o segmento 1% mais rico, a renda média anual é de US$ 2,7 milhões (R$ 7 milhões).

    A Oxfam afirmou que é necessário tomar medidas urgentes para frear o "crescimento da desigualdade". A primeira delas deve ter como alvo a evasão fiscal praticada por grandes companhias.

     O estudo foi divulgado um dia antes do aguardado discurso sobre o estado da União a ser proferido pelo presidente americano Barack Obama.

      Espera-se que o mandatário da nação mais rica - e uma das mais desiguais - do planeta defenda aumento de impostos para os ricos com o objetivo de ajudar a classe média.

Fonte: BBC Brasil

domingo, 18 de janeiro de 2015

GENTRIFICAÇÃO HIPSTER?

Nesse artigo, publicado originalmente no Al Jazeera como "The peril of hipster economics", a escritora e pesquisadora estadunidense Sarah Kendzior escreve que a deterioração urbana em alguns bairros das principais cidades do mundo se converteu lamentavelmente em um conjunto de peças urbanas a serem "remodeladas ou idealizadas" pela gentrificação (não sabe o que é gentrificação? clique aqui).

Segundo a autora, estes bairros - carregados de uma estética atrativa nostálgica e de uma enriquecedora "vida urbana" - estimulam a chegada de novos residentes de alto padrão que procuram esse estilo de vida em bairros historicamente associados as populações marginais - carentes de serviços públicos e oportunidades de trabalho -, que acabam sendo removidas para subúrbios pobres. "Querem mudar uma memória que outros já construíram. Isto é a economia hipster", afirma Sarah.

No dia 16 de maio uma artista, um serviço ferroviário e uma agência governamental gastaram 291.978 dólares para camuflar a pobreza aos olhos do público. Intitulado Psychylustro, o projeto da artista alemã Katharina Grosse é um trabalho em grande escala desenhado para distrair os passageiros da companhia estadunidense Amtrak das dilapidadas construções e indústrias fechadas ao norte da cidade de Philadelphia (Pennsylvania - EUA). A cidade possui um índice de pobreza de 28% - o mais alto entre as principais cidades dos Estados Unidos - com grande parte dele concentrado no norte. Em algumas escolas básicas de North Philadelphia, quase todas as crianças vivem abaixo da linha de pobreza.
Grosse associou-se ao Fundo Nacional de Artes e a Amtrak para mascarar os infortúnios de North Philadelphia com uma deliciosa vista. O jornal estadunidense The Wall Street Journal chama isto de "lutar com arte contra a deterioração urbana". Liz Thomas, o curador do projeto, o definiu como "uma experiência que convida as pessoas a pensar sobre este espaço que elas enfrentam todos os dias".

Projeto Psychylustro.
É óbvio que este projeto não está lutando realmente contra a deterioração urbana, mas apenas contra a capacidade dos passageiros de observá-la. "Necessito do brilho da cor para aproximar as pessoas, para estimular um sentido de experiência de vida e aumentar a sensação de presença", afirma Grosse. As pessoas segundo a justificativa de Grosse e Thomas, não seriam aqueles que, de fato, vivem em North Philadelphia e suportam o peso das suas próprias cargas. As pessoas são aquelas que podem permitir-se o luxo de ver a pobreza através da lente da estética, à medida que passam por ela. Então, a deterioração urbana converte-se em um conjunto de peças a serem remodeladas ou idealizadas. Isto é a economia hipster. 

Afluxo de hipsters

Em fevereiro de 2014, o diretor Spike Lee fez uma apaixonada crítica sobre a gentrificação de Nova Iorque - caracterizada com desprezo pelos meios de comunicação estadunidenses como um discurso retórico. Lee argumenta que um fluxo dos "malditos hipsters" fez com que os aluguéis subissem na maioria dos bairros da cidade, e por sua vez, expulsaram as comunidades afro-americanas do lugar que uma vez chamaram de lar. Na sua crítica, Lee apontou como na cidade aqueles serviços - ruins e desativados por um longo tempo - repentinamente reapareceram: "Por que é necessário um fluxo de novaiorquinos brancos no sul de Bronx, Harlem, Bed Stuy e em Crown Heights para que os serviços melhorem? O lixo não era recolhido todos os dias quando eu vivia no 165, Washigton Park [...]. Então, por que este afluxo de pessoas brancas é necessário para existirem melhores escolas? Por que agora existe mais proteção policial em Bed Stuy e Harlem? Por que o lixo está sendo recolhido mais regularmente? (Sempre) estivemos aqui!



Spike Lee foi julgado por muitos críticos da cultura hipster (hipster-bashing), incluindo o professor afro-americano John McWhorter, que afirmou que "hipster" é uma "maneira disfarçada de dizer 'honkey'" (um modo ofensivo de chamar a população estadunidense branca) e comparou Lee com o personagem televisivo George Jefferson, por sua hostilidade aberta aos brancos. Estes, que se concentram na gentrificação como uma cultura, ignoram que as declarações de Lee foram uma crítica da localização racista dos recursos. As comunidades afro-americanas, que se queixam das escolas pobres e dos serviços públicos terríveis, percebem que estas queixas são rapidamente ouvidas quando pessoas de renda mais alta se mudam para esses bairros. Enquanto isso, os residentes mais antigos são tratados como impurezas na paisagem e abordados pela polícia por incomodar os recém chegados. Os gentrificadores focam na estética, não nas pessoas. Porque as pessoas, para eles, são a estética.

Os defensores da gentrificação atestam suas intenções ao afirmar que "limparam o bairro". Os problemas que existiram no local (pobreza, falta de oportunidades, pessoas que lutam por serviços públicos negados) não desapareceram. Simplesmente foram deslocados para um novo local. Este novo lugar é geralmente um subúrbio pobre, que carece de glamour para converter-se no objeto de futuras tentativas de renovação urbana. Não existe uma história para atrair os conservacionistas, porque não existe nada nos subúrbios pobres que valha a pena preservar. Isto é degradação sem beleza, ruína sem romantismo: casas de penhores, lojinhas, compra de dólares, moradias modestas e contas vencidas. Nos subúrbios a pobreza parece banal e é esquecida.

Não se preocupe, é apenas gentrificação.
Nas cidades, os gentrificadores têm a influência política para relocar recursos e reparar a infraestrutura. O bairro é 'limpo" através da remoção dos seus residentes originais. Os gentrificadores podem desfrutar o sol na "vida urbana": a dilatada história e a nostalgia seletiva. Ao mesmo tempo, evitam a responsabilidade sobre aqueles que foram deslocados. Os hipsters querem escombros com garantia de renovação. Querem mudar uma memória que outros já construíram.


O MAIOR FESTIVAL DE MÚSICA CHEGOU A AMÉRICA ?


Opa algo de estranho está estranho...
"O MAIOR FESTIVAL DE MÚSICA DO MUNDO CHEGOU A AMÉRICA" ?
     Não é por nada, mas o primeiro ROCK AND RIO foi em 1985 no:
Rio de Janeiro - Brasil - América do Sul - Continente Americano (AMÉRICA)

Agradecemos ao leitor Ricardo de Lara pela dica.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

FUNK OSTENTAÇÃO DANDO O QUE FALAR NOS EUA

O jornal Los Angeles Times divulgou uma matéria onde abordava a exaltação consumista em letras de música do chamado funk ostentação. A matéria compara a ascensão do funk ostentação com o hip-hop estadunidense nos anos de 1990 e avalia que no Brasil, onde milhões de pessoas saíram da pobreza após o país passar por um boom alimentado pelas vendas de commodities para a China, esse estilo de vida consumista é um fenômeno relativamente novo para o cidadão comum.

A matéria usa como exemplo o caso do MC Guime que, coberto de tatuagens e jóias de ouro, exalta em suas letras o consumo desenfreado, em contradição com a origem musical do funk, que nasceu nas favelas brasileiras. O jornal conta que MC Guime está se tornando o novo rosto famoso do funk ostentação, uma nova versão do ritmo popular que entra em cena substituindo abordagens de criminalidade, pobreza e protesto social por uma celebração do consumismo.

Mc Guime.
Em entrevista ao jornal, MC Guime, que nasceu em uma família pobre na periferia de São Paulo, disse entender os críticos da vertente musical, mas diz que o problema é maior. Para o cantor, antes de criticarem os divulgadores do funk ostentação, deveriam se preocupar com a televisão e a publicidade que vendem o tempo todo esse estilo de vida onde, segundo ele, é preciso ter um bom carro e roupas de grife para ser respeitado.

O Los Angeles Times aponta ainda que o funk é um segmento musical frequentemente desprezado, muitas vezes abertamente, pelas elites econômicas e que durante grande parte de sua existência teve suas letras focadas em relatar a realidade de pobreza, de protesto social e a criminalidade nas favelas.

De acordo com o veículo, essa exaltação de gastos através de um ritmo musical mais popular gerou incômodo em alguns segmentos, desde classes mais altas até membros de alguns movimentos sociais de esquerda.

O jornal conta que alguns representantes desses movimentos sociais tradicionais não apoiam essa exibição de riqueza. Rafael Ambrosio, integrante do coletivo Davila em São Paulo, acredita que as letras do funk ostentação não possuem relação com a vida das pessoas dessas regiões carentes e que acabam criando ilusões para crianças que sequer tem dinheiro para comer, mas que passam a desejar carros de auto custo.

Contudo, MC Guime junto do popular rapper Emicida argumentam no clipe musical “País do Futebol” que a música é agora, assim como os esportes sempre foram, uma maneira dos mais pobres ascenderem sem precisar se voltar para o crime.

Rolezinho em shopping.
Ainda de acordo com o jornal, outra reação negativa veio de classes econômicas tradicionalmente mais abastadas do Brasil, que se sentiram desconfortáveis em começar a dividir espaços elitizados com essa população historicamente excluída. A matéria abordou o caso dos rolezinhos que ocorreram em dezembro, onde grupos de jovens organizaram passeios a shopping centers vestindo suas melhores roupas de marca ao som de funk. Os shoppings impediram a entrada desses grupos e essa situação gerou um forte debate sobre preconceito sócio-econômico e racismo.

A matéria comenta ainda que as músicas são resultantes da combinação de aumento do poder de compra e alienação cultural. Segundo o texto do Los Angeles Times, setores da sociedade começaram a poder comprar mais do que apenas o mínimo necessário, e começou a consumir o que era antes considerado supérfluo. Mas que, apesar disso, essa ascensão não foi acompanhada de políticas que aumentem a reflexão crítica dessas classes em relação ao consumo.

Clique aqui para ler a matéria original do Los Angeles Times (em inglês).

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