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sexta-feira, 21 de julho de 2023

LÍDERES DA ONU FAZEM APELO CONJUNTO SOBRE CRISE DE INSEGURANÇA ALIMENTAR

 Leia o documento na íntegra:

“A pandemia da COVID-19, a interrupção das cadeias de suprimentos internacionais e a guerra na Ucrânia interromperam severamente os mercados interconectados de alimentos, combustíveis e fertilizantes.  Em junho de 2022, o número de pessoas que sofrem de insegurança alimentar severa, e tiveram seu acesso a alimentos restringido no curto prazo a ponto de suas vidas e meios de subsistência estarem em risco, aumentou para 345 milhões em 82 países, segundo o WFP. 

Para complicar ainda mais, cerca de 25 países reagiram ao aumento dos preços dos alimentos adotando restrições à exportação que afetam mais de 8% do comércio global de alimentos. Além disso, a resposta da oferta de alimentos é complicada pela duplicação dos preços dos fertilizantes nos últimos 12 meses, após níveis recordes de custos de insumos, como o gás natural. As reservas mundiais, que aumentaram constantemente na última década, devem ser liberadas para que os preços caiam. Tudo isso está ocorrendo  em um momento em que as limitações do espaço fiscal são grandes para que os governos tomem medidas após a pandemia da COVID-19. A longo prazo, as mudanças climáticas afetam estruturalmente a produtividade agrícola em muitos países. 

Evitar novos retrocessos na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) requer ações de curto e longo prazo em quatro áreas principais: apoio imediato às populações vulneráveis, facilitação do comércio e do abastecimento internacional de alimentos, impulsionamento da produção, e investimento em agricultura resiliente ao clima.

Apoio imediato às populações vulneráveis - É uma prioridade fortalecer rapidamente as redes de segurança das famílias vulneráveis em nível nacional e garantir que o WFP tenha recursos adequados para alcançar os mais necessitados. As operações do WFP devem ser facilitadas por meio de medidas como o recente acordo dos Membros da OMC de não impor restrições à exportação de suas compras de alimentos para fins humanitários. Se não forem bem direcionados, os subsídios energéticos e alimentares são caros e ineficientes. Devem ser substituídos por transferências monetárias exclusivas para a população mais vulnerável. Os sistemas eficazes de proteção social podem ser expandidos ao longo do tempo para acomodar mais pessoas. Os melhores sistemas consistem de uma forte orientação e sistemas eficientes de inscrição, execução e pagamento que, muitas vezes, tiram proveito da tecnologia.  

Facilitação do comércio e do abastecimento internacional de alimentos -  No curto prazo, uma liberação de estoque adequada e compatível com a OMC e uma solução diplomática para evacuar cereais e fertilizantes atualmente bloqueados na Ucrânia ajudarão a melhorar a disponibilidade e acessibilidade dos suprimentos de alimentos. A facilitação do comércio e a melhoria do funcionamento e da resiliência dos mercados globais de alimentos e produtos agrícolas, em particular para grãos, fertilizantes e outros insumos de produção agrícola, conforme descrito na Declaração Ministerial da OMC, são essenciais na Resposta de Emergência à Insegurança Alimentar. A crise de 2008 nos ensinou que a imposição de restrições ao comércio mundial leva diretamente ao aumento dos preços dos alimentos. A remoção das restrições à exportação e a adoção de processos de inspeção e licenciamento mais flexíveis ajudam a minimizar as interrupções no fornecimento e a reduzir os preços. Maior transparência por meio de notificações à OMC e monitoramento aprimorado das medidas comerciais serão essenciais.

Impulsionar a produção - São necessárias ações para estimular agricultores e pescadores a impulsionar a produção sustentável de alimentos, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos, e melhorar as cadeias de abastecimento que os conectam aos oito bilhões de consumidores do planeta. Isso requer fertilizantes, sementes e outros insumos acessíveis do setor privado como o principal ator nesses mercados. Fornecer capital de giro para produtores competitivos também é uma prioridade crucial. No futuro, a disseminação de conhecimento das melhores práticas da FAO, Grupo Banco Mundial e outros, será fundamental para aumentar o uso eficiente de fertilizantes por meio da rápida implantação de mapas de solo, serviços de extensão e tecnologia de agricultura de precisão. Graças a isso, os produtores terão o conhecimento técnico necessário, fundamental para manter os níveis de produção e promover o uso sustentável dos recursos naturais.

Investir em agricultura resiliente ao clima - Apoiar investimentos resilientes em capacidade agrícola e fornecer apoio para adaptação, pequenas propriedades, sistemas alimentares e tecnologias inteligentes são essenciais para promover uma agricultura resiliente ao clima e garantir uma produção consistente nos próximos anos. O trabalho focado em regras, definição de padrões e infraestrutura da cadeia de valor (instalações de armazenamento e refrigeração e infraestrutura bancária e de seguros) também é importante para ampliar o acesso e reduzir a desigualdade.

Apelo - A experiência anterior mostra que é importante ajudar os países em desenvolvimento que foram atingidos pelo aumentos de preços e escassez para atender às suas necessidades urgentes sem frustrar os objetivos de desenvolvimento de longo prazo. É essencial garantir que os países mais vulneráveis que enfrentam problemas significativos de balança de pagamentos sejam capazes de arcar com o aumento do custo das importações de alimentos para minimizar qualquer risco de agitação social. O financiamento do desenvolvimento deve oferecer aos clientes alternativas viáveis às políticas domésticas, como proibições de exportação ou subsídios gerais à importação de fertilizantes. Investimentos em redes de segurança expansíveis e em agricultura resiliente ao clima e pesca e aquicultura sustentáveis são bons exemplos de medidas em que todos ganham. 

Apelamos aos países para que fortaleçam as redes de segurança, facilitem o comércio, impulsionem a produção e invistam em agricultura resiliente. As necessidades específicas de cada país devem ser identificadas e definidas por meio de um processo nacional que mobilize investimentos de bancos multilaterais de desenvolvimento para conectar oportunidades de curto, médio e longo prazo. Comprometemo-nos a colaborar em favor desse processo por meio da Aliança Global para a Segurança Alimentar, convocada conjuntamente pela Presidência do Grupo dos Sete (G-7) e pelo Grupo Banco Mundial para monitorar os fatores determinantes e os efeitos do aumento dos preços e garantir que os países necessitados tenham investimentos, finanças, dados e conhecimento das melhores práticas. "

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

O QUE PODE PARAR SE A RÚSSIA CORTAR TOTALMENTE O GÁS PARA A EUROPA

 A Europa tem consciência de que, a qualquer momento, a Rússia pode cortar o gás que envia aos países do continente. Essa será, provavelmente, mais uma resposta do presidente russo, Vladimir Putin, às sanções feitas pelo Ocidente depois da invasão à Ucrânia. 

Prevendo um inverno rigoroso e com energia em falta, os principais países europeus se organizam para elencar quais são os setores da indústria que não poderão parar e aqueles que precisarão ser suspensos temporariamente. 

“A Rússia usa energia como arma. E, assim, em qualquer situação, seja um corte parcial e importante do gás russo ou um corte completo, a Europa deve estar pronta”, disse, em julho, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. 

Nem todos os países da Europa, no entanto, concordam com as propostas de controle do gasto de energia. Existem divergências entre a possibilidade e a disponibilidade de reduzir o consumo. Os que insistem em medidas radicais são aqueles que já estão sofrendo com a redução do envio de gás russo.

Setores prioritários e setores que poderão parar 

Os Estados membros tentaram traçar, juntos, quais setores são prioritários e deverão continuar funcionando mesmo em caso de um corte maior da Rússia. Além de começarem a listar as áreas que poderão parar temporariamente. 

A saúde e o setor farmacêutico, segurança, alimentação, refinarias, fertilizantes e a produção de eletricidade devem continuar a funcionar normalmente em caso de escassez, segundo o executivo europeu.  

Partes da indústria química que abastecem os sistemas alimentares e de saúde, e setores da indústria têxtil necessários à produção de cuidados de saúde e defesa também entram na lista prioritária.  

Por outro lado, para Phuc-Vinh Nguyen, pesquisador do Instituto Jacques Delors, o setor de luxo e o do automóvel serão os primeiros a parar. 

"A produção de carros, que consome muita energia, provavelmente não será considerada como uma prioridade no caso de uma onda de frio neste inverno. Isso terá um impacto em particular na indústria alemã, que domina o mercado europeu”, explicou Nguyen ao periódico Le Figaro. 

Ele ainda apontou que, no ramo alimentício, fábricas que preparam arroz ou macarrão, por exemplo, entram na lista de prioridade, mas a produção de bombons e produtos não essenciais poderá ser suspensa.  

Já Ricardo Fernandes, analista de riscos da ARP Digital, acredita que os setores que mais sofrerão com as represálias russas serão de petroquímica, química e fertilizantes, apesar deste último ter sido listado como prioritário pelo comando da União Europeia.  “Algumas fábricas de fertilizantes já estão fechando na Europa pela falta de gás e isso deve continuar acontecendo”, analisou.

Para Fernandes, o principal problema relacionado a um possível corte de gás russo é a desestruturação de sistemas altamente dependentes da exportação russa, como a Alemanha. Importar gás de outros países encareceria e inviabilizaria o sistema comercial alemão e não existe, por enquanto, preparação para trocar toda a fonte de energia. Essa situação coloca o país que tem a maior economia do euro à beira da recessão.

Nos últimos meses, as remessas do gasoduto Nord Stream, que transporta o gás russo diretamente para a Alemanha através do mar Báltico, caíram 60%. Pela primeira vez desde 1991, o país registrou déficit no comércio exterior em maio. Enquanto o preço dos hidrocarbonetos está subindo, a crise energética coloca em evidência todas as suas escolhas questionáveis, como o fechamento de usinas nucleares.

A indústria automobilística alemã é responsável por 13% do PIB do país, mas o setor está de mal a pior desde o início da pandemia de Covid-19 e foi ainda mais atingido pela invasão russa à Ucrânia. As exportações também estão sofrendo com novas dificuldades de fornecimento. Volkswagen, Porsche e BMW estão muito expostas à escassez de sistemas de fiação elétrica que são importados da Ucrânia.

Se o setor paralisar, sendo tão importante para o equilíbrio econômico alemão, todo o sistema estará ainda mais comprometido, com demissões em massa e redução de consumo, atingindo também outros setores do país.

Um relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em julho estimou que o PIB alemão cairia cerca de 3% no caso de um corte total de gás russo. Em países menos dependentes do combustível da Rússia, como a Espanha e a França, o efeito seria menor, e a queda do PIB seria de cerca de 1%.

De acordo com o FMI, os países mais atingidos seriam, nesta ordem: Hungria, Eslováquia, República Tcheca, Itália, Alemanha, Áustria, Romênia, Eslovênia, Croácia, Polônia e Holanda.

Cortes russos 

Os russos forneceram aos europeus cerca de 150 bilhões de metros cúbicos de gás em 2021, o que representa 40% das importações da União Europeia.  

A Rússia reduziu a exportação para a Europa a menos de um terço do que enviava no começo do ano, disparando os preços. Doze Estados membros estão parcial ou totalmente isolados do gás russo. 

Apesar de nem todos os países terem como modelo de negócio a importação de gás russo, a necessidade de economia de energia entrou em pauta nas principais reuniões da UE, em uma preparação para o próximo inverno, quando a demanda por energia aumentará e o combustível poderá faltar. 

Países como Portugal e Espanha, por exemplo, que não têm uma economia dependente da energia russa, ficaram contra o que foi proposto pela Comissão Europeia, de redução do consumo em 15%. 

Os europeus têm até o final de setembro para apresentar, separadamente, quais planos podem ser tomados em cada país para evitar um colapso no próximo inverno, que começa em dezembro no hemisfério norte.

Por Mariana Braga 04/08/2022 20:51



segunda-feira, 3 de agosto de 2020

INDITEX

O mapa a seguir representa os países com as maiores produções da Inditex (conglomerado espanhol conhecido no Brasil, sobretudo, pela marca de fast fashion Zara) - 2017. 



A indústria têxtil é um bom exemplo das relações estabelecidas com a atual Divisão Internacional do Trabalho (DIT) entre países do Centro e da Periferia do capitalismo. A ideia básica é que, devido à manutenção dos baixos custos de produção na Periferia, corporações transnacionais deslocam para ela parte significativa de suas produções industriais. 

Mesmo assim, não são raras as denúncias de trabalho análogo ao escravo nesse ramo industrial.
 
Fonte do mapa: https://bit.ly/37PmqfU

REESTATIZAÇÕES DE SERVIÇOS BÁSICOS PELO MUNDO



Em tempos em que se discute (outra vez) a criminosa privatização de serviços básicos como a água e o saneamento no Brasil, esta imagem mostra os países que, desde 2000, mais "desprivatizaram" serviços como transporte público, energia, água, coleta de lixo e até funerário. 

Dentre as principais causas que motivam as reestatizações desses serviços no mundo estão o descumprimento de prazos para construção de infraestruturas, o gerenciamento não transparente e a corrupção, e, sobretudo, o aumento das taxas cobradas.

No Brasil, O estado do Tocantins e a cidade de Itu (SP), por exemplo, já reestatizaram seus serviços de água. 

O mapa interativo "Water Remunicipalisation Tracker" permite conhecer um pouco sobre os casos de reestatização da água pelo mundo - https://bit.ly/32e6cwc

Fonte: Fiocruz: https://bit.ly/2DynMk1

NEM TUDO É HOLLYWOOD EM LOS ANGELES

Cerca de 58 mil pessoas vivem nas ruas de Los Angeles, epicentro da crise das pessoas sem teto nos EUA! 

O maior problema está no distrito de Skid Row que, com apenas 2 Km², tem mais de 12 mil pessoas morando nas ruas. Convém lembrar que Los Angeles fica no Estado da Califórnia, a quinta economia mais poderosa do mundo, superando o PIB do Reino Unido e da França. No entanto, a expectativa de vida em Skid Row é de apenas 48 anos, enquanto a de um californiano médio é de 80 anos. O aumento exorbitante do preço dos aluguéis e dos imóveis, crise econômica e o congelamento dos salários são alguns dos motivos desse problema. Soma-se a isso questões sociais complexas, como vícios em drogas e doenças mentais. 





Sobre Los Angeles, vale a leitura do livro "Cidade de Quartzo", de Mike Davis.

MILHARES DE PESSOAS VIVEM EM UM CEMITÉRIO MAMELUCO NO CAIRO

Não se sabe ao certo quantas pessoas vivem em jazigos em Al Qarafa, a "Cidade dos Mortos", no Cairo, Egito (estimativas indicam até um milhão!). O imenso cemitério onde foram sepultadas gerações de sultões e emires desde 642 a.C. é, atualmente, uma "ilha" urbana murada cercada de vias congestionadas (procure por Al Qarafa no Google Earth!). Os túmulos são praticamente pequenas casas, com quartos, banheiros, portões e grandes jardins, conforme dita a tradição local de reverenciar os mortos. 



Há uma demanda grande por moradias no Cairo, megalópole de 18 milhões de habitantes. Com o alto custo de residências na capital, os jazigos se tornaram a escolha de muitas famílias, que preferiram morar entre os mortos a viver nas populosas favelas. Os moradores originais do século XVIII eram os guardas que cuidavam das sepulturas das famílias cairotas mais ricas, seguidos por pedreiros e canteiros e depois por refugiados expulsos do Sinai e de Suez durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. 



Os invasores do cemitério adaptaram os túmulos com criatividade para atender às necessidades dos vivos. Cenotáfios e placas fúnebres são usados como escrivaninhas, cabeceiras de mesas e estantes. Barbantes amarrados entre as lápides servem para secar a roupa. Lado a lado, as pequenas "casas" formam uma imagem parecida a um vilarejo do interior: as ruas estreitas e sem asfalto, os balcões improvisados com salgadinhos e refrigerante vendidos nas janelas e vizinhos papeando nas calçadas.



Fontes: Mike Davis - Planeta Favela e BBC Brasil (https://bbc.in/2BenDBx)

segunda-feira, 25 de maio de 2020

EM MEIO À ROTINA DE AULAS REMOTAS, PROFESSORES RELATAM ANSIEDADE E SOBRECARGA DE TRABALHO

Em meio à rotina de aulas remotas, professores relatam ansiedade e sobrecarga de trabalho!

Com jornadas duplas e até triplas, educadores das redes pública e privada enfrentam desafios técnicos e emocionais para cumprir seu ofício em tempos de pandemia.
 
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Península com 2.400 professores da educação básica de todo o Brasil, das redes privada e pública, desde a educação infantil até o ensino médio, incluindo diferentes modalidades como a EJA (Educação de Jovens e Adultos) mostrou que, desde o início da pandemia, esses profissionais relatam ansiedade perante as aulas remotas e sobrecarga de trabalho. 

Outro problema comum a professores da rede pública é a perda de contato com alunos que não têm acesso a dispositivos como computadores ou celulares para assistir às aulas virtuais. 

E aí Professor, como está sendo a sua experiência com as aulas remotas? Comente!




Fonte: El País (https://bit.ly/2TzRQkx - matéria completa)

domingo, 24 de maio de 2020

POR QUE A CIRCULAÇÃO DE PESSOAS TEM PESO NA DIFUSÃO DA PANDEMIA

Texto dos Professores Maria Encarnação Beltrão Sposito e Raul Borges Guimarães publicado no site da UNESP. Mais uma leitura geográfica interessante no contexto em que vivemos.

Por que a circulação de pessoas tem peso na difusão da pandemia

Difusão da Covid-19 no país segue modelo relacionado a interações espaciais na rede urbana.

Leia o texto completo em: https://bit.ly/2YqCQZz


domingo, 3 de maio de 2020

O ECLIPSE DA CIDADE E OS “SEM DIREITOS”

Texto da Professora Ana Fani Carlos publicado na edição de abril do Le Monde Diplomatique Brasil. 

Em um momento como o que vivemos, é gratificante ver geógrafos pensando o problema, publicando suas ideias e mostrando o valor da Geografia. Você leu outros textos de geógrafos que tratam da pandemia? Compartilhe conosco!

O ECLIPSE DA CIDADE E OS “SEM DIREITOS”

Limitada pelo aprisionamento do corpo, relegado aos espaços privados, a vida urbana passa a ser mediada pelas redes e mídias sociais, que criam a sensação de proximidade e diálogo ainda que virtual. Mas a densidade do uso do espaço urbano revela, todavia, o grau diferenciado da intensidade dos sons iluminando, inequivocamente, a desigualdade vivida através do modo como os cidadãos lidam (ou são obrigados a lidar) com a pandemia. O eclipse é parcial.

Estamos vivendo o impensável: em muitos lugares da metrópole de São Paulo o som, vindo de fora das janelas, está muito próximo do silêncio. Hoje a realidade parece conspirar com aquilo que define a cidade como o espaço apropriável que sustenta a vida, isto é, um espaço palpável, real e concreto. O que é exterior a nós e, ao mesmo tempo, uma realidade vivida por todos através das propriedades do tempo. Portanto a cidade, mais do que arquitetura, é presença.

O acesso à cidade se faz através do corpo que ocupa os espaços onde se realiza a vida em suas relações mais finas. Refiro-me aos usos dos lugares das múltiplas atividades que pontuam nosso cotidiano tornando-o possível e que podem ser reconhecidos nos pequenos atos corriqueiros e, aparentemente irrisórios, como aqueles dos múltiplos encontros, dos atos de ir e vir das compras, do trabalho, da escola, do cinema etc.
Identidade

Essas ações sedimentam os laços de identidade entre os habitantes e a cidade pois promovem reuniões e encontros revelando os espaços-tempos do desenrolar da vida diferenciando o espaço privado do público onde se constrói e se vive o entrelaçamento das histórias individuais na constituição de uma história coletiva numa cidade que é, antes de mais nada, uma obra civilizatória. Hoje, todavia, vai aprofundando-se a linha de demarcação imposta pelo limiar da porta da casa que marca o dentro (seguro) e o fora (perigoso e ameaçador).
A pandemia revoluciona os sentidos e usos dos lugares da cidade, porque colocou de ponta cabeça nossa vida cotidiana. A estratégia para superá-la impõe o isolamento social negando o corpo que usa e se apropria da cidade como condição da realização da vida em sociedade. É assim que ela se esvazia, fato que pode ser constatado nos núcleos de comércio da cidade – lugares intensos de troca – bem como na diminuição dramática do fluxo de carros nas principais ruas e avenidas.

Limitada pelo aprisionamento do corpo, relegado aos espaços privados, a vida urbana passa a ser mediada pelas redes e mídias sociais, que criam a sensação de proximidade e diálogo ainda que virtual. Mas a densidade do uso do espaço urbano revela, todavia, o grau diferenciado da intensidade dos sons iluminando, inequivocamente, a desigualdade vivida através do modo como os cidadãos lidam (ou são obrigados a lidar) com a pandemia. O eclipse é parcial.

No centro da cidade se o fluxo diminui, não apaga a presença dos cidadãos que vivem nas ruas e que aí se encontram esperando por ajuda e comida em filas que os mantêm, do ponto de vista sanitário, em situação de risco. Em muitos lugares da periferia, tão pouco, o uso e o silêncio podem ser igualados àqueles dos bairros de população de alto poder aquisitivo.

Nestes lugares periféricos onde residem, preferencialmente, a parcela da sociedade de baixo poder aquisitivo – que mais tempo leva para se deslocar na cidade, cujas moradias, mais se distanciam dos lugares de trabalho e onde, os preços do metro quadrado do solo tendem a ser mais baixo pela deficiência ou ausência de infraestrutura – a vida segue precariamente.

Em muitas destas áreas, as pessoas moram em casas pequenas, cujas torneiras nem sempre sai água, em muitos casos com banheiros compartilhados, com fogões desligados e mesas sem comida. É o lugar de vida de trabalhadores, muitos deles informais, que vivem de bico e dependem da circulação das pessoas. É também aquele do pequeno comércio que vende as mercadorias em quantidades muito pequenas porque o dinheiro é escasso e nem sempre permite fazer estoques.

Aqui, o dentro e fora parecem imbricados e a rua é a condição óbvia do desenrolar da vida tornando difícil o isolamento social. Logo as estratégias que podem evitar ou diminuir as consequências da pandemia se fazem precariamente, mas constantemente, através das ações promovidas pelos próprios moradores num esforço de solidariedade e união na luta pela vida. O cotidiano da metrópole, pontuando pela contagem entre mortos e infectados e a necessidade da quarentena, ilumina o fato de que nem todos podem escolher.

Mas se nestes lugares se encontram os “sem direito à quarentena” é também onde o corpo resiste e mostra sua visibilidade e, através desta, questionam os direitos desiguais que traz, como exigência, um tratamento também desigual, nas estratégias de mitigar a pandemia.
Desigualdades

Deste modo, a crise do novo coronavírus revela o fato de que o simples ato de ficar em casa, ou ter acesso aos tratamentos em hospitais – em um país como o nosso – não está posto para todos, pois os diretos não são iguais. Essas possibilidades já estão postas historicamente pelo acesso diferenciado, numa sociedade de classe, aos direitos à vida e à cidade.

Em nossa sociedade urbana, profundamente desigual, a segregação socioespacial assinala, portanto, a hierarquia social vivida diferencialmente. É por esse motivo que o vírus ao atingir desigualmente a sociedade – apesar dos discursos em contrário – aprofunda a crise social também de forma desigual.

No plano político o discurso oficial além de encobrir essas diferenças e portanto, o modo diferencial de lidar com elas, encobre algo importante: a luta que se trava contra o vírus encontra um sistema de saúde que já vem sendo dilapidado pelas políticas neoliberais cujo exemplo didático é a Emenda Constitucional (EC) 95/2016, conhecida como a “emenda do fim do mundo” aprovada no governo Temer, que congelou por 20 anos, os gastos de saúde e educação.

É assim que, no governo atual, foi possível elevar gastos e investimentos na área de Defesa – um aumento real (acima da inflação) de 22,1% – enquanto a proposta orçamentária para 2020 diminuía a previsão de verba para gerenciamento de hospitais universitário (com corte de 24%), ou ainda um corte de 3.2 bilhões – entre 2019 e 2020 – para a empresa brasileira de serviços hospitalares. Os gastos declinantes com a saúde, no Brasil, acusaram, só no ano de 2019 em relação a 2018, uma diminuição de 20 bilhões de reais.

É neste cenário que somos convocados a defender um sistema de saúde que tem merecido, cortes sucessivos impostos pelo modelo neoliberal adotado, o que esclarece a insistência do governo federal em defender o crescimento da economia em detrimento da preservação da vida.

Ana Fani Alessandri Carlos é professora titular em Geografia da FFLCH-USP e coordenadora do GT “Teoria Urbana Critica”, Instituto de Estudos Avançados- IEA-USP

sexta-feira, 1 de maio de 2020

MINERAÇÃO EM TERRAS INDÍGENAS

Quem são os potenciais beneficiados com a mineração em terras indígenas da Amazônia?


Dados publicados pela Agência Pública indicam que os processos de exploração minerária em Terras Indígenas (TIs) da Amazônia cresceram 91% desde 2019. Esta foi a primeira vez, desde 2013, que os requerimentos registraram aumento.

Nos últimos dez anos, a Agência Nacional de Mineração registrou 656 processos minerários que passaram por trechos de TIs. É no Pará onde está a maioria dos processos minerários em TIs. A Terra Indígena Kayapó é a que mais enfrenta processos sobre suas terras no período. Em seguida, está a terra Sawré Muybu, dos Munduruku, também no Pará.

Entre os potenciais beneficiários dos processos de exploração minerária em Tis, estão grandes figuras políticas do Amazonas, cooperativas de garimpo com sócios envolvidos em denúncias por crimes ambientais, uma gigante da mineração mundial e até mesmo um artista plástico paulista. 

Seguem alguns nomes:

  • Sami Hassan Akl (campeão de requisições de exploração mineral em TIs desde 2019, arquiteto e artista plástico); 
  • Anglo American (gigante da mineração mundial com sede em Londres); 
  • Cooperativa dos Garimpeiros da Amazônia; 
  • Cooperativa de Trabalho de Mineradores e Garimpeiros do Marupá; 
  • SMD Recursos Naturais Ltda (tem como sócio o ex-governador do Amazonas Amazonino Armando Mendes).

Fonte: El País (https://bit.ly/2yHI6gy)

quarta-feira, 29 de abril de 2020

PANDEMIA FORÇA MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS EM SENTIDO CONTRÁRIO


O migrante vive num mundo onde a globalização dispensa fronteiras, muda parâmetros, ostenta luxos, esbanja informações, estimula consumos, gera sonhos e cria expectativas de uma vida melhor. No entanto, enquanto o capital e o comércio fluem livremente, a mão-de-obra se move de modo limitado e restrito (MARTINE, 2005). Nos últimos anos, milhões de pessoas deixaram seus países de origem em direção a regiões e países desenvolvidos. As rotas mais conhecidas da migração ilegal envolvem países do Norte da África (Marrocos e Argélia) e países da Europa Ocidental (como Espanha, Itália e Alemanha).
 
No entanto, a pandemia do Covid-19 tem forçado movimentos migratórios inéditos, e em sentido contrário! Migrantes, em sua maioria ilegais, fugindo do vírus e da consequente paralisação das economias europeias pagam até 35 mil reais para máfias de traficantes os transportarem em barcos até países como Marrocos e Argélia. Além dos riscos do próprio processo migratório ilegal, autoridades desses países estão preocupadas com a transmissão do Covid-19 pelos que retornam. A situação no Marrocos, por exemplo, é complicada, sendo o terceiro país com a maior quantidade de casos confirmados do Covid-19 na África e mantém restrições severas à sua população.

Fonte: El País (https://bit.ly/2KDrzgd)

segunda-feira, 27 de abril de 2020

MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO COVID-19

Medidas adotadas nos espaços públicos e privados de várias cidades para evitar ou reduzir a probabilidade de infecções por COVID-19.















Fonte: Arquitêta - Arquitetura & Arte

sábado, 25 de abril de 2020

"CAPITALISMO DE DESASTRE"

"Capitalismo de desastre": seria a pandemia de Covid-19 uma boa oportunidade para a implementação de políticas neoliberais?

A imposição de políticas neoliberais se aproveita de “distrações” com crises diversas. Um caso emblemático disso foi protagonizado por Milton Friedman (um dos membros mais notáveis da Escola de Chicago). Em 2005, após a destruição de Nova Orleans pelo Furacão Katrina (imagem), Friedman afirmou em matéria publicada pelo Wall Street Journal (https://on.wsj.com/34YPvn7) que a tragédia (que desabrigou 130 mil pessoa e matou mais de 1.500) era “uma oportunidade para reformar radicalmente o sistema educacional” da cidade. A ideia de Friedman (que foi implementada) era substituir as escolas públicas por uma distribuição de cupons para o ingresso na rede privada de ensino (escolas charters). No Brasil, ideias parecidas já apareceram algumas vezes nos meios políticos.


Estudos do National Education Policy Center (http://bit.ly/2SYwso3) questionam a eficácia da privatização do sistema educacional de Nova Orleans em razão, sobretudo, do aumento das desigualdades entre os estudantes, a precarização e perda de autonomia dos professores e o fechamento de escolas.

Em tempos de Covid-19 veremos, provavelmente, mais desse "capitalismo de desastre" por aí. 

Preparem-se!

segunda-feira, 20 de abril de 2020

VOCÊ SABE O QUE FOI O AI-5 ?




Recentemente, temos visto manifestações em todo o Brasil de insanos que pedem um novo AI-5. Inclusive, políticos ligados ao próprio governo federal endossam essa ideia. Será que, enquanto nação, cometeremos os mesmos erros do passado?

O Ato Institucional Número Cinco (AI-5) foi um decreto emitido pela ditadura militar em 13 de dezembro de 1968, pelo então presidente Artur da Costa e Silva. Considerado um dos mais duros golpes do regime (que durou de 1964 a 1985), o AI-5 permitia ao presidente da República fechar o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas dos estados, sem revisão judicial.
O decreto resultou na perda de mandatos de parlamentares opositores à ditadura, os quais poderiam ter a suspensão de seus direitos constitucionais. Até 1978, torturas e assassinatos foram realizados pelas forças armadas com autorização das autoridades. Perseguição a artistas, estudantes, políticos e todos aqueles considerados de "esquerda" também se intensificaram durante o período.

O "golpe final" à democracia veio através da imposição da censura prévia. Com critérios vagos, ficou instituída a possibilidade de censura total e sem chance de recurso da imprensa e de qualquer obra artística. A medida era aplicada amplamente na música, cinema, teatro e televisão. Até mesmo obras simpáticas ao regime militar, mas que não se encaixassem aos critérios de “moral e bons costumes” do censor estiveram sujeitas a cortes.

Caso queira ler o Ato Institucional N. 5, acesse: https://bit.ly/2KhYLKf

Fonte: O Povo (https://bit.ly/34QmSsH).

quinta-feira, 16 de abril de 2020

ACHATAR A CURVA

Achatar a curva para que todos os infectados em estado grave tenham a oportunidade de tratamento.


quarta-feira, 4 de março de 2020

INSPIRADO EM OBRA DE TARSILA DO AMARAL, ARTISTA FAZ MURAL EM SÃO PAULO COM LAMA DE BRUMADINHO


A inauguração do grafite ocorreu no dia 25 de janeiro de 2020, data que celebrou o aniversário da capital paulista e completou um ano do rompimento da barragem de Brumadinho. O painel, com 50 metros de altura e 18 metros de largura, está localizado numa das laterais do edifício Minerasil, em frente ao Mercado Municipal, no bairro da Santa Ifigênia, em São Paulo.
Em homenagem às vítimas da maior tragédia socioambiental do Brasil, o artista paulistano Mundano criou a obra denominada Operários de Brumadinho, inspirada no quadro Operários (1933), da modernista Tarsila do Amaral.
O artista, que também é ativista social, visitou a cidade de Minas Gerais para ver os impactos causados pelo desastre e recolheu aproximadamente 250 kg de material bruto para compor os pigmentos. A partir dele, desenvolveu a tinta especial com rejeitos tóxicos da lama. O trabalho foi concluído em 13 dias e contou com a colaboração de outros artistas e da Secretaria de Cultura de São Paulo.

“Além de justiça, o que essas vítimas mais precisam é serem lembradas. Em outros países, uma catástrofe como essa teria um monumento para não cair no esquecimento. Mas o Brasil, historicamente, é um país sem memória. Operários de Brumadinho é mais do que uma homenagem, é um ‘monumento’ não só para os trabalhadores e operários que lá morreram, mas também para todos os proletários que passam em frente [ao grafite] todos os dias e se identificam com a obra.”, disse o autodeclarado “artivista” em entrevista para a Casa Vogue.


Em 2019, após o rompimento da barragem da Vale, o artista fez o primeiro trabalho com a tinta originada dos rejeitos de minério, o quadro Abaporupeba, em referência ao Rio Paraopeba, é uma releitura do clássico Abaporu (1928), também de Tarsila do Amaral.


Mundano também relata “sempre tive uma conexão muito forte com a Tarsila. Primeiro porque ela é uma artista tão representativa que boa parte das escolas, quando falam de modernismo, acabam se referindo aos trabalhos dela. Em segundo, ela foi uma artista visionária. Falava de diversidade em 1933 enquanto, em pleno 2020, tem gente que ainda não entendeu o que é isso. Mesmo vinda da elite, ela soube representar o povo brasileiro com muito artivismo”.


Fonte: Casa Vogue

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

AS 8 PRINCIPAIS TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS QUE VÃO MUDAR O FUTURO



Um levantamento foi feito pelo Fórum Econômico Mundial que selecionou tendências tecnológicas que têm um grande potencial para moldar completamente o futuro, transformando radicalmente nossa sociedade e também a ordem econômica do mundo.

São tendências tecnológicas que podem trazer impactos positivos, além de apresentarem um caráter disruptivo, atraindo atenção de novos investidores. Estas tecnologias vão ser reproduzidas, nos próximos anos, em larga escala. Mas as tendências tecnológicas também vêm como uma nova forma de informar a população, e até mesmo o Netflix tem assumindo esse papel, com documentários informativos e esclarecedores.


“Da desigualdade de renda à mudança climática, a tecnologia terá um papel fundamental na busca de soluções para todos os desafios que o nosso mundo enfrenta hoje”, afirmou Jeremy Jurgens, diretor de tecnologia do FEM. Segundo suas palavras, “as tecnologias emergentes deste ano demonstram o ritmo acelerado da inovação humana e oferecem um vislumbre de como será um futuro sustentável e inclusivo.”


ENTENDENDO AS NOVAS TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS

Confira agora quais são as novas tendências tecnológicas que vão mudar o mundo e a forma como o vemos!

1. Bioplástico

Apenas 15% de todo o plástico produzido no mundo é reciclado. Todo o restante é incinerado ou simplesmente abandonado. Por conta disso, essa tecnologia vai ganhar grande espaço no mercado, permitindo o uso de materiais biodegradáveis.

2. Robôs

As tendências tecnológicas vêm mostrando que a robótica está se tornando cada vez mais avançada, podendo reconhecer vozes, rostos e também emoções. A tendência aqui é que os assistentes pessoais robóticos acabem se tornando uma necessidade para a vida moderna.

3. Tratamentos médicos

Muitos tratamentos médicos vão sofrer alterações severas, e o combate ao câncer vai evoluir drasticamente. Agora mesmo cientistas estudam como mudar o futuro da raça humana dentro da medicina moderna!

4. Fertilizantes ecologicamente corretos

Atualmente, os fertilizantes fazem uso de produtos como amônia, uréia e potássio, que são extremamente prejudiciais ao meio ambiente. As tendências tecnológicas mostram que os fertilizantes vão ser feitos de forma mais inteligente, com uso de outras substâncias.

5. Telepresença

Uma forma diferente de teleconferência, onde você, além de ver e escutar a pessoa, vai poder interagir com o ambiente ao seu redor. Isso é telepresença, uma tecnologia que mistura a realidade aumentada com a realidade virtual, usando sensores avançados para fazer com que pessoas até troquem apertos de mão.

6. Qualidade ampliada dos alimentos

Mais de 600 milhões de pessoas todos os anos acabam ficando doentes por conta de alimentos contaminados. Este dado apenas comprova como o monitoramento da comida deve ser mais severo, e isso pode ser alcançado por meio da tecnologia do blockchain!

7. Reatores nucleares seguros

Por mais que a produção deste tipo de energia seja “limpa”, os reatores sempre apresentam riscos altos de acidentes. Um perigo, que atualmente vem sendo estudado para que seja possível diminuir as chances de explosões ou mau funcionamento das máquinas. Com mais energia, os carros autônomos vão tomar conta das ruas.

8. Armazenamento de dados no DNA

Atualmente, os sistemas de armazenamento de dados já não dão conta de acompanhar a crescente quantidade de informação que é produzida todos os dias. Por conta disso, pesquisadores vêm tentando criar um novo tipo de armazenamento de dados, com base no DNA. Essa nova alternativa promete consumir menos energia, podendo gerar discos com capacidades imensas de armazenamento para estas novas tendências tecnológicas.

Fonte: NotaTerapia
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