A Lituânia lançou um manual de sobrevivência em guerra. O mais recente e 19.° membro da zona euro receia uma eventual investida militar russa no país e já está a precaver os cidadãos.
“Mantenha uma mente sã, não entre em pânico e não perca a clareza de pensamento. Tiros mesmo do lado de fora da sua janela não significam o fim do Mundo”, lê-se no manual, que deverá começar a ser enviado pelo Ministério da Defesa para as bibliotecas lituanas na próxima semana.
O tutorial impresso explica aos cidadãos como devem resistir à eventual ocupação russa, com manifestações e greves ou “pelo menos executando o seu trabalho pior do que o normal.”
Capa do tutorial. |
Em caso de invasão, o manual sugere aos lituanos para se organizarem através das redes sociais Twitter e Facebook, tentando ao mesmo tempo ataques cibernéticos contra o inimigo.
A Lituânia passou grande parte do século XX incorporada na União Soviética, como a Letônia ou a Estônia. Assim que conseguiu a independência, após o fim do bloco, em 1991, perseguiu a associação à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e à União Europeia. Conseguiu-o. A 1 de janeiro deste ano entrou também para a zona euro e foi invadida, no bom sentido, pela moeda única europeia.
Os receios face à Rússia têm vindo a crescer devido à intervenção não assumida de Moscovo no conflito no leste da Ucrânia e foram reforçados pelos exercícios militares russos em dezembro no enclave de Kaliningrado, que integraram cerca de 9 mil soldados e mais de 55 navios de guerra.
“Os exemplos da Geórgia e da Ucrânia, que perderam parte dos respetivos territórios, mostram-nos que não podemos pôr de parte uma situação similar na Lituânia. Temos de estar preparados”, disse à Reuters o ministro da Defesa Juozas Olekas, acrescentando: “Quando a Rússia começou a agressão na Ucrânia, os lituanos perceberam que o nosso vizinho não é um amigo.”
Coluna blindada russa em direção à Ucrânia. |
Para lá do manual de sobrevivência em guerra para os cidadãos, o Governo da Lituânia esta também a considerar a exigência de que todos os futuros edifícios a serem construídos no país integrem um abrigo antibomba nas proximidades.
Fonte: Euro News.
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