quinta-feira, 24 de maio de 2018

CONTRASTE SOCIAL POR PAUL CLEMENTE




A Tale of Many Cities: Rio de Janeiro, Brazil... by CLEMENCE.

( photography by Paul Clemence)

A ESCARIFICAÇÃO DAS TRIBOS AFRICANAS

Markings: A Mursi man shows off the scar patterns on his chest. Mursi people regard scars as a sign of beauty and strength

     De delicados redemoinhos de carne aos pontilhados intrincados, as cicatrizes que decoram os corpos das pessoas das tribos Mursi e Surma de Bodi, no Sul da Etiópia são mais do que apenas a marca de uma lesão.

     Para as pessoas das tribos não são apenas cicatrizes: são uma parte da cultura local e significam beleza para a vida adulta ou mesmo, em alguns casos, são simplesmente um sinal de força e maturidade. 


A Surma woman shows off her intricate markingsAlong with scar patterns, nearly all Surma women wear lip plates

     Mas as tribos etíopes não são as únicas a praticar a escarificação. Em Uganda, os Karamojong são famosos pelos seus elaborados padrões de cicatrizes. Na fronteira da Etiópia com o Sudão, os homens da tribo Nuer exibem marcas nas testas e as consideram parte fundamental do processo de transição de menino para homem.


A Surma girl shows off scar markings on her head and foreheadShoulder patterns belonging to a Dassanech woman

    Agora, as impressionantes marcas de cicatrizes da Etiópia e Sudão são elementos de um conjunto incrível de fotografias do francês Eric Lafforgue, que viajou pelos países observando as escarificações, cerimônias e conhecendo os lugares.

   Durante uma visita à tribo Surma, que vive no remoto Vale do Omo, Eric assistiu a uma cerimônia de escarificação que envolveu a criação de padrões usando espinhos e uma navalha. Ele relatou: 

   "Essa garota de 12 anos quando estava sendo cortada não disse uma palavra durante a cerimônia de 10 minutos e se recusou a aparentar qualquer dor". "A mãe dela, utilizando um espinho, puxava a pele da garota para fora e com uma lâmina de barbear a cortava". 

Ceremony: A Surma scarification ritual using thorns and a razor is carried out on a 12-year-old girl who volunteered to be scarred

Painful: Although the process isn't without pain, Lafforgue says the girl kept a straight face throughout in order not to shame her family

End result: After the initial cut, scars have organic sap or ash rubbed into them in order to make them heal as raised bumps

    "No final, eu perguntei a ela se os cortes na pele tinham sido difíceis e ela respondeu que ela estava em seu limite. Mas era incrível como ela não demonstrou qualquer sinal de dor em seu rosto durante a cerimônia, pois qualquer reação a dor teria sido visto como uma vergonha para a sua família."

    Eric explicou que, apesar da dor, a moça iniciou a cerimônia por sua vontade , pois as meninas não são obrigadas a participar. "As cicatrizes são um sinal de beleza dentro da tribo", acrescentou. "As meninas que vão para a escola ou se convertem ao cristianismo não fazem, mas as outras veem a capacidade de lidar com a dor como um sinal de que elas serão capazes de lidar com o parto no futuro".


Bodi women, who also live in the Omo Valley, also scarify their bodiesA Surma mother shows her scar patterns while feeding her baby

    Outras tribos que vivem no Vale do Omo também fazem a escarificação e muitas vezes usam a seiva ou cinzas para fazer os desenhos.

  Mas nem todo mundo por lá se impressiona com a arte. "Pessoas escarnificadas são vistas como 'primitivas' por muitos etíopes que vivem nas cidades e elas sofrem com isso", explica Eric. "Aqueles que tiveram as escarnificações, e que vão à escola, tentam escondê-las".

    Ainda, conforme Eric, devido ao fluxo de trabalhadores de outras partes da Etiópia, a escarificação está se tornando um negócio cada vez mais arriscado. "O uso de lâminas compartilhadas se torna um grande problema na região de Omo", explica. "A hepatite está começando a se tornar um problema, pois os trabalhadores de outras partes da Etiópia chegam para trabalhar nas novas plantações (patrocinadas pelo governo). A AIDS também está se tornando uma série ameaça". Apesar dos riscos, a escarificação continua desempenhando um grande papel na vida tribal na região. 

   A maioria dos homens adultos da tribo Nuer têm marcas "gaar" - seis linhas esculpidas em cada lado da testa - como um sinal de maturidade. 

A closer look at Toposa tribe markingsA closer look at Toposa tribe markings

     Outros Nuer, particularmente os Bul Nuer, do Vale do Nilo, criaram uma versão pontilhada de cicatrizes e algumas mulheres também a possuem. A tribo Toposa , que vive na Etiópia e Sudão do Sul também adotou a escarificação, mas combina padrões de pontos faciais com gravuras elaboradas no corpo.

     Embora as gravuras dos Toposa permaneçam populares entre as gerações mais jovens, as marcas dos Nuer estão se tornando cada vez mais raras diante dos conflitos entre eles e outras tribos do Sudão do Sul.


Distinctive: Many Nuer men are eschewing 'gaar' lines such as these because they are a clear indication of belonging to the tribe - dangerous when conflict looms

   "Esta tradição não é mais realizada com tanta frequência", explica Lafforgue. "Em parte, é por causa do acesso às escolas e o aumento do número de pessoas que se voltaram para o cristianismo, mas também porque é um sinal muito visível de distinção tribal, ainda mais em uma área que tem sofrido muitas disputas e conflitos.


Fonte: Mailonline

quarta-feira, 23 de maio de 2018

O QUE É UMA TEMPESTADE SOLAR?

  Tempestades solares ou tempestades geomagnéticas são explosões na superfície do Sol que causam mudanças repentinas no campo magnético da Terra. Altamente carregadas, as partículas solares em forma de radiação (chamadas também de ventos solares) podem atingir o campo magnético da Terra e interromper algumas comunicações de rádio e degradar sinas de GPS. Tempestades do passado já afetaram a rede elétrica de países. No entanto, as tempestades geomagnéticas também podem causar belas auroras nos pólos. 

Imagem captada pelo astronauta americano Reid Wiseman, que está na Estação Espacial Internacional, mostra a aurora boreal sobre a Terra. 11 de setembro de 2014.

  Em média, a cada 11 anos, o Sol passa por períodos nos quais ocorrem a diminuição e o aumento de suas atividades. Nos períodos de aumento, as explosões em sua superfície levantam uma nuvem de partículas 13 vezes maior que a Terra, que é lançada para o Sistema Solar a mais de 1,6 milhão km/h. Esse fenômeno arrasta gases evaporados dos planetas, poeira meteórica e raios cósmicos de origem galáctica que podem atingir o campo magnético da Terra, momento em que provoca as tempestades geomagnéticas e alteram a intensidade e a direção do campo magnético terrestre.

Imagem captada pelo Observatório Solar da Nasa no dia 10 de setembro de 2014 mostra explosões solares.
  Partículas de alta energia liberadas pelas erupções solares podem ser tão prejudiciais aos seres humanos quanto à radiação das explosões nucleares. Portanto, se as grandes doses são fatais, as demais também podem provocar danos aos cromossomos, câncer e muitos outros problemas de saúde. Por isso, o Sol é monitorado constantemente, para que providências possam ser tomadas com antecedência contra os efeitos nocivos das tempestades geomagnéticas.

  Veja imagens captadas pela NASA das atividades solares do dia 10 de setembro de 2014.


  Um aviso antecipado de uma tempestade geomagnética permite que as distribuidoras de energia elétrica evitem danos em suas redes e que satélites, naves espaciais e astronautas possam ser protegidos. Até passageiros de aviões sofrem algum risco que, embora seja pequeno, equivale a uma dose de radiação igual a dos raios-x médicos. Nesse caso, graças ao monitoramento, a trajetória e a altitude dos voos são ajustadas, a fim de baixar as doses absorvidas por eles.

Aviso no canal de TV via satélite sobre a interferência solar no satélite. 2014.

  A tempestade solar mais poderosa registrada ocorreu em 1859 e causou assustadoras auroras boreais até mesmo na Flórida. Já entre os dias 7 e 10 de setembro de 2014 uma região magneticamente conturbada do Sol explodiu e produziu duas tempestades solares que atingiram a Terra entre os dias 11 e 12 deste mês. O Sol está atualmente no pico de seu ciclo de 11 anos, embora o nível global de atividade esteja muito menor do que o típico para um pico solar.


domingo, 20 de maio de 2018

INCLUSÃO SOCIAL

    Este esquema mostra um assunto muito discutido na sociedade atual principalmente na realidade escolar brasileira, a procura pela inclusão social dos portadores de necessidades.

Eu resumo esse assunto em uma frase:

" Viver em uma sociedade em condições igualitárias é um direito de todos"

sábado, 5 de maio de 2018

AS 10 CIDADES MAIS POLUÍDAS DO MUNDO


A partir de uma matéria da revista "Os Caminhos da Terra" de novembro de 2007 e de relatórios elaborados pela Cruz Verde Suíça e o Instituto Blacksmith, apresento-lhes as 10 cidades mais poluídas do mundo! E olha que Cubatão/SP não está nessa lista, pra se ter uma ideia da encrenca. Os campeões são os chineses e os antigos soviéticos (comunistas: sempre preocupados com o meio ambiente...).

10. Kabwe - Zâmbia
Até 1987, abrigou uma das maiores fundições de chumbo do mundo. Crianças que brincam em terras perto das extintas operações tem níveis quase letais de envenenamento. 


Kabwe - Zâmbia.


9. Chernobyl - Ucrânia
Em 1986, Chernobyl foi cenário do pior acidente nuclear da história. As partículas radioativas liberadas, incluindo urânio, plutônio, césio, entre outros metais, fizeram disparar os casos de câncer, principalmente de tireóide. Como medida para amenizar o problema, 5 milhões de hectares de terras próximo a usina foram inutilizados.

Chernobyl - Ucrânia.

8. Norilsk - Rússia
Quase todo o níquel utilizado no mundo sai de Norilsk. A neve da região fica cinza e o ar tem gosto de enxofre! Desde novembro de 2001, a cidade está fechada para estrangeiros.

Norilsk - Rússia.
7. Dzerzinsk - Rússia
Foi um dos mais importantes centros de produção de armas químicas durante a Guerra Fria. Devido a contaminação do solo, seus habitantes tem uma das menores expectativas de vida do mundo: mal chegam aos 45 anos.

Dzerzinsk - Rússia.
6. La Oroya - Peru
Cidade da América do Sul, La Oroya está na lista graças às minas de chumbo, zinco e cobre pertencentes a Doe Run (empresa dos EUA). Pesquisam apontam que 99% das crianças apresentam níveis de chumbo no sangue acima do "tolerável". 


5. Vapi - Índia
Depósito dos resíduos de mais de mil indústrias, incluindo petroquímicas e de pesticidas, a água da região contém 100 vezes mais mercúrio que o "aceitável", elevando o número de abortos espontâneos e os casos de câncer.


4. Sukinda - Índia
Olha a Índia aí de novo! Na cidade há o Rio Brahma (homenagem à divindade suprema do hinduísmo) que armazena 30 milhões de toneladas de resíduos cancerígenos lançados por uma mina de cromita (grande homenagem!). 80% das mortes locais estão ligadas as atividades da mina. 

Sukinda - Índia.

3. Tianying - China 
Cerca de 160 mil pessoas estão contaminadas por causa da concentração de chumbo no ar da cidade. Retardo mental e anemia estão entre os problemas que atingem a população. 

2. Linfen - China 
A necessidade de carvão para o crescimento econômico da China traz muitos problemas. A poluição no ar da cidade causa inconfortáveis casos de pneumonia e câncer de pulmão. A arsenicose ali já é tratada como epidemia.  

Linfen - China.

1. Sumqayit - Azerbaijão 
Não, não é Tromaville (a cidade do Vingador Tóxico) a cidade mais poluída do mundo! Herdeiros do legado tóxico da indústria soviética, os 275 mil habitantes de Sumqayit ainda sofrem por conta das 10 mil toneladas de gases nocivos lançados na atmosfera pelas 40 fábricas de produtos químicos da época comunista. A incidência de câncer é 51% maior ali que no resto do país.
Sumqayit - Azerbaijão.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

AGRICULTURA E ENERGIA, LADO A LADO



     Qual é a melhor maneira de utilizar a luz solar?

     Para cultivar alimentos ou para a produção de energia? 

   Durante milênios, a resposta foi fácil: nós usamos a energia solar para ajudar no crescimento das plantas para a alimentação. Então, na década de 1970, a resposta tornou-se mais complexa à medida que os campos de painéis fotovoltaticos (PVPS) começaram a aparecer em todo o planeta. Na década de 1990, os agricultores começaram o cultivo de alimentos para combustíveis como o etanol à base de milho. O problema é que a equação de combustível alimentos tornou-se um jogo de soma zero. 

    Isso levou o cientista agrícola francês Christian Dupraz a ponderar se a produção de alimentos e de combustível poderiam ser combinados com sucesso em um lote de terra. Por exemplo, por que não construir painéis solares acima de um campo de exploração agrícola para que a eletricidade e alimentos possam ser produzidos ao mesmo tempo? Além de resolver o conflito entre usos da terra, os painéis solares que fornecem uma fonte adicional de renda para os agricultores e, ao mesmo tempo protege as culturas do aumento das temperaturas, de granizo e tempestade destrutivas associados às mudanças climáticas. 

     Em 2010, Dupraz e seus colegas do INRA, instituto de pesquisa agrícola da França, construiram a primeira fazenda "agrivoltatic", perto de Montpellier. Em um campo de 860 metros quadrados, eles plantaram:
- culturas em quatro parcelas e dois adjacentes em pleno sol como controle.
- um em uma matriz padrão da densidade de painéis
- um em uma matriz de meia densidade de painéis. 

   Os pesquisadores consideraram a produtividade das culturas cairam na sombra, já que as plantas teriam de competir com os painéis solares para a radiação e, possivelmente, água. Mas eles também se perguntaram se, em um mundo em aquecimento, a sombra pode realmente melhorar a produtividade das culturas. "Sombra vai reduzir as necessidades de transpiração e, possivelmente, aumentar a eficiência da água", escreveu Dupraz. A chave seria encontrar o equilíbrio certo entre a electricidade produzida pelos painéis solares e capacidade de produção da fazenda. 

     No final de três estações de crescimento, os pesquisadores descobriram que o compromisso foi de fato possível. Não surpreendentemente, as culturas sob o PVP abaixo da sombra perderam quase 50 por cento da sua produtividade, em comparação com culturas semelhantes nas parcelas com sol. No entanto, as culturas sob o sombreamento de meia densidade eram tão produtivos quanto os nas parcelas de controle sem sombra; em alguns casos, eles foram ainda mais produtivo. 

     A razão para este resultado surpreendente, de acordo com Hélène Marrou, que estudou alface era a capacidade das plantas de se adaptarem as condições de baixa luminosidade. Ela relatou que as plantas de alface ajustaram-se ao ambiente, aumentando a sua área foliar e alterando arranjo da folha para colher a luz de forma mais eficiente. 

    Ela também teve boas notícias em relação a água. "Nós mostramos neste experimento que as hortaliças na sombra dos PVPs permitiu uma economia de 14 por cento a 29 por cento de água evapotranspirada, dependendo do nível de sombra criado e a cultura cultivada". No contexto do aquecimento global e escassez de água, segundo ela, a redução da demanda de água pelas plantas na sombra dos PVP´S podem representar uma grande vantagem em um futuro próximo.

domingo, 29 de abril de 2018

VOCÊ ACHA QUE O MENU DO MCDONALD`S É O MESMO EM TODOS OS LUGARES DO MUNDO?

      Um professor de geografia compilou imagens e descrições dos menus dos McDonalds de todo o mundo e colocou em um storymap ESRI. Este recurso interativo mostra como uma marca global de sucesso como McDonald`s deve ser flexível com os gostos e costumes locais para aumentar o seu lucro e fortalecer a sua marca. Alguns chamam isso "glocalização".





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