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sábado, 25 de abril de 2020

SONS DAS CIDADES DURANTE O ISOLAMENTO

A drástica alteração do cotidiano causada pela Covid-19 em bilhões de pessoas em todo o mundo tem chamado a atenção para um aspecto normalmente pouco valorizado, os sons das cidades. 

Com menos pessoas nas ruas, as cidades se tornaram mais silenciosas e as biofonias passaram a marcar as paisagens. Também, novas manifestações sonoras surgiram, como os shows nas sacadas, as sirenes e alertas das viaturas das autoridades e, no Brasil, por exemplo, a volta dos "panelaços", as buzinas das carreatas que pedem a abertura do comércio entre outros. 

Um projeto do site Cities and Memory mapeia sons de diferentes cidades durante os períodos de isolamento social. É possível participar enviando suas gravações para serem mapeadas!



AMÉRICA INVERTIDA


Em 1943, o artista uruguaio Joaquin Torres García (1874-1949) propôs no desenho "América Invertida" um mapa “de cabeça para baixo”. 

Não há razão científica para o norte estar no topo dos mapas. Além disso, nem sempre o norte esteve nessa posição. Foi, provavelmente, no renascimento europeu que essa tradição cartográfica se consolidou com mapas como o de Mercator, utilizado, sobretudo, para navegação. Como as potências europeias do período se localizam todas no hemisfério norte, adotou-se essa posição como referência cartográfica.

Garcia, em seu desenho, fez uma crítica à hegemonia dos países do norte. Nas palavras do autor: “Nosso norte é o Sul. Não deve haver norte, para nós, senão por oposição ao nosso Sul. Por isso agora pomos o mapa ao revés, e então já temos a exata ideia de nossa posição, e não como querem no resto do mundo. A ponta da América, desde agora, prolongando-se, assinala insistentemente o Sul, nosso Norte”.

Sobre a tradição de apresentar os mapas com o norte voltado para cima, sugerimos a leitura desta matéria da BBC (em espanhol): https://bbc.in/2RRhGQ4


segunda-feira, 20 de abril de 2020

UMA NOVA PERSPECTIVA PARA A CARTOGRAFIA

Desenvolvimentos tecnológicos ocorridos entre os século XIX e XX possibilitaram uma nova perspectiva de observação e registro do espaço geográfico, a vertical. Isso foi possível com a instalação de máquinas fotográficas em balões, aviões e até em pombos, além do desenvolvimento da técnica de fotografia estereoscópica (que permite a visualização tridimensional de pares de fotos).

Um dos pioneiros da fotografia aérea foi Felix Nadar, que na década de 1910 fotografou, diversas vezes, Paris a partir de balões. Durante a 1ª Guerra Mundial, pombos equipados com máquinas fotográficas foram utilizados como parte de estratégias militares. Antes mesmo do desenvolvimento dos satélites, os americanos, em 1946, utilizaram uma câmera fotográfica instalada em um foguete V2 (de origem alemã) para fotografar a Terra a partir de sua órbita.





domingo, 19 de abril de 2020

ANAMORFOSE DO COVID-19

A anamorfose cartográfica (ou cartograma) é uma forma de representação do espaço geográfico em que há a distorção da proporcionalidade entre os territórios para adequá-los a dados quantitativos.

Nesta anamorfose, notamos as porcentagens de mortalidade do Covid-19 em relação aos casos notificados no mundo, até 5 de abril de 2020. No geral, você consegue interpretar esse cartograma?


TERRAPLANISTAS

A ideia da Terra plana pode parecer bizarra (e é mesmo!), mas você sabia que muitos terraplanistas se fundamentam na obra "Zetetic astronomy - earth not a globe", de Samuel Rowbotham (1881) para afirmarem suas ideias loucas? 

Outra obra clássica que fundamenta o terraplanismo é o mapa de Orlando Ferguson (1897), que trata de uma interpretação literal da Bíblia com anjos em quatro cantos da Terra. Aí está a pretensa fundamentação bíblica do terraplanismo: escrituras sagradas condenam a teoria do globo.

Se tiver coragem e interesse em saber como "pensam" os terraplanistas, assista ao documentário "A Terra é plana!", disponível na Netflix.



quarta-feira, 15 de abril de 2020

THEATRUM ORBIS TERRARUM

A capa de “Theatrum Orbis Terrarum”, atlas publicado em 1570 de autoria do cartógrafo belga Abraham Ortelius, é uma representação eurocêntrica do mundo conhecido à época. 

Esse atlas incluía, por exemplo, o clássico mapa-múndi de Geert de Kremer (Mercator). Observe a imagem com atenção: você consegue identificar qual continente cada figura humana representa? 

Comente!


terça-feira, 14 de abril de 2020

TRABALHO NÃO É GARANTIA DE PADRÃO DE VIDA ELEVADO

Ter trabalho não é garantia de padrões de vida decentes!

A OIT estimou que mais de 3,3 bilhões de pessoas empregadas no mundo em 2018 não tinham níveis adequados de segurança econômica. Destas, mais de 700 milhões viviam na extrema ou moderada pobreza, apesar de terem empregos. 

O que contribui para esses valores assustadores é a distribuição da renda. Para se ter uma ideia, em 2019, o rendimento médio mensal do trabalhador brasileiro, estimado pelo IBGE, foi de R$ 2.330. Já os 10% mais ricos do país detiveram rendimento 13 vezes maior que os 40% mais pobres.

Confira o relatório completo da OIT (2019, em inglês): https://bit.ly/3dqn0Dg

No mapa a seguir, você pode conferir a renda média mensal dos trabalhadores pelo mundo (em US$) em 2016 (fonte: https://bit.ly/34tgzv0):

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

NETFLIX DISPONIBILIZA MAPA INTERATIVO DO UNIVERSO DE ‘THE WITCHER’

The Witcher estreou em dezembro de 2019 na Netflix e já bateu recordes na rede de streaming, A primeira temporada da série baseada nas obras de Andrzej Sapkowski ultrapassou Stranger Things como a mais assistida na plataforma, mundialmente, nos seus primeiros 28 dias depois de sua estreia. O universo em que a narrativa é ambientada se chama o “Continente”, e as suas histórias são contadas em forma de contos e romances pelo autor polonês desde 1990.

As histórias de Sapkowski seguem sobretudo o caminho de Geralt de Rívia, um bruxo-mutante que verte seu destino para caçar monstros, e seu universo já conta com bem-sucedidas adaptações em jogos pela CD Projekt Red. Como um importante complemento à série, a Netflix desenvolveu um mapa interativo do Continente, que conta com informações não explícitas na série.

Créditos: Netflix

Além disso, apresenta com a cronologia dos acontecimentos da primeira temporada, a idade dos personagens em cada momento (o que é de uma deselegância para Geralt, que termina a série com seus 103 anos) e suas localidades no mapa. Tudo isso pode ser acessado aqui, já disponível em português.

A linha do tempo é dividida entre os caminhos de Geralt, Yennefer, Ciri e da história geral do universo, a começar com a Conjunção das Esferas. Ao clicar nela, o usuário é levado para as locações no mapa que escolher de acordo com o personagem que pretende seguir. A experiência termina com os eventos da série e com a mensagem “Va’esse deiradh aep eigean, va’esse eigh faidh’ar”, que significa “algo termina, algo começa” na Língua Antiga de The Witcher.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

AS MAQUILADORAS MEXICANAS

       Maquiladoras, como o nome indica, são empresas de montagem e acabamento de produtos para exportação, instaladas em território mexicano. A grande maioria é norte-americana, mas há também japonesas, canadenses, coreanas. Elas trazem peças e componentes, que foram fabricados em outros países, para montar os produtos no México. Principalmente eletro-eletrônicos, peças de automóveis e têxteis (peças para serem costuradas). Montados, os produtos são embalados, embarcados em caminhões, trens, aviões e exportados para os Estados Unidos e outros mercados.


Enrique Dávalos, presidente da Rede de Solidariedade de San Diego, explica que:

“as maquiladoras pagam menos impostos que as empresas mexicanas, utilizam uma força de trabalho muito barata e possuem regulamentações ambientais que nunca são cumpridas”. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

CICLOVIA QUE PRODUZ ENERGIA?

Instalada na cidade de Krommenie, a 25 km de Amsterdã, a primeira ciclovia solar do mundo produzirá energia suficiente para abastecer três famílias.
A pista está sendo pavimentada por módulos de concreto pré-fabricados, cobertos por uma camada de vidro temperado na espessura de uma polegada, forte o suficiente para suportar o peso de um caminhão. Sob o vidro, células fotovoltaicas coletam a energia solar que é convertida em eletricidade.





A primeira etapa da construção possui 70 metros de comprimento e até 2016, pelo menos mais 30 metros serão acrescentados. A energia gerada pela estrutura será ligada à rede elétrica, estimulando a inovação energética mais sustentável.
O projeto piloto da SolaRoad foi desenvolvido por um consórcio de empresas gerenciado pela TNO, organização de pesquisa independente holandesa. A instituição viu vantagens em utilizar a infraestrutura rodoviária existente, pois ela permite uma superfície maior para a coleta de energia, com pouco ou nenhum impacto sobre a paisagem.





Baseado em testes em laboratório, a TNO espera que a SolaRoad tenha potencial para produzir 50 quilowatts-hora de eletricidade por metro quadrado, por ano, na Holanda. Porém, o método é 30% menos eficiente que a geração de energia solar em telhados, pois a inclinação facilita na captação do sol.
A ciclovia deve ser inaugurada em 12 de novembro e o projeto até agora custou € 1.500.000, e deverá custar três milhões de euros até sua finalização. 
"A SolaRoad será um laboratório vivo que poderá ser testado no mundo real. A experiência e resultados da ciclovia piloto serão estudados nos próximos três anos”, diz a organização em seu site.


AS CONSEQUÊNCIAS DA RETIRADA DA VEGETAÇÃO E IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO NOS CENTROS URBANOS.


terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

A IDEOLOGIA E O PATRIOTISMO POR TRÁS DOS FILMES E DESENHOS

Você viu o filme "Capitão América - O primeiro vingador", ou ao menos sabe que ele foi lançado aqui no Brasil? Pois é, em três outros países o nome do filme é outro, você sabe por quê?


Criado nos Estados Unidos em 1941 para lutar contra os nazistas, pelo menos na ficção, o Capitão América  foi o maior de uma onda de super-heróis surgidos sob a bandeira do patriotismo estadunidense. Contudo, seu novo filme lançado no Brasil dia 29 de julho de 2011, também foi lançado na Rússia, Ucrânia e Coreia do Sul, mas apenas com o nome de "O Primeiro Vingador". Os estúdios Marvel e Paramount, responsáveis por sua produção, deram a opção aos mercados estrangeiros de usarem os nomes "Capitão América - O Primeiro Vingador" ou somente "O Primeiro Vingador". Os estúdios se negaram a comentar o motivo de os países terem escolhido o outro nome, mas, de acordo com o site da revista "Hollywood Reporter", é provável que a escolha tenha levado em conta razões culturais e políticas.
Já na China, o filme não estreou no mesmo ano de seu lançamento por conta de uma lei que permite que apenas 20 filmes estrangeiros sejam exibidos anualmente no país.


Alguma semelhança entre o escudo do Capitão América (a esquerda) e o símbolo da Força Aérea dos EUA (USAF - a direita)?

Adaptado de folha.com.

Veja outro exemplo de patriotismo norte-americano presente em filmes e desenhos: em 1943 (mesma época da criação do Capitão América) o curta-metragem de animação Der Fuehrer's Face (A face do Führer) produzido pelos Estúdios Disney e protagonizado pelo Pato Donald, satirizava (até porque o Pato Donald não é um super-herói para combater alguma coisa) a Alemanha nazista de Adolf Hitler e exaltava os ideais de liberdade defendidos pelos EUA. Ele venceu o Oscar de melhor curta de animação e foi eleito o vigésimo segundo melhor curta de animação da história do cinema estadunidense de acordo com o livro The 50 Greatest Cartoons.
Assista à animação Der Fuehrer's Face  e preste atenção na mudança ideológica que ocorre a partir dos 7minutos.


 

Mas o que isso tudo tem a ver com Geografia?
Popeye come espinafre (Dólar), fica forte 
e bate no Brutus (a crise de 1929).
A ideia fundamental por trás desses filmes e desenhos carregados de ideologias é a de imperialismo. Basicamente, imperialismo é uma política de expansão e domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras. Por isso, os três países mudaram o nome do filme do Capitão América! Considera-se os EUA a nação mais imperialista existente, contudo, sempre que existir algum tipo de relação de poder (econômico, cultural, científico, tecnológico etc.) haverá um povo, uma nação, tentando se impor sobre outros. O Brasil mesmo já foi acusado pelo Paraguai de ser imperialista (leia o caso aqui).
Em relação aos heróis (como o Capitão América) e outros personagens (como o Pato Donald), eles surgem em momentos específico da história de uma nação (como uma crise econômica ou uma guerra) para alimentar o ego do povo ou satirizar seus inimigos. O marinheiro Popeye, por exemplo, surgiu como um incentivo à superação da grande crise econômica de 1929, com a quebra da bolsa de valores de Nova York. A função do herói é nos salvar da realidade. Eles são arquétipos - símbolos universais que significam a mesma coisa em todas as culturas - das nossas necessidades de justiça, correção, força, invencibilidade. Como o Capitão América que, representando os EUA, salvaria o mundo dos nazistas.

Você consegue relacionar esse tema com algum herói ou personagem brasileiro? 

RIO PINHEIROS


10 FOTOS COLORIDAS DO HOLOCAUSTO

Esta semana, o mundo celebrou os 75 anos da libertação dos presos de Auschwitz. Para que ninguém se esqueça dos horrores do nazismo, o fotógrafo Tom Marshall coloriu 10 fotos do período.



As imagens foram registradas durante os primeiros meses de 1945, quando o mundo inteiro se tornava consciente do que ocorria nos campos de concentração. Oito mil prisioneiros foram libertados pelos soviéticos meses antes de que a Segunda Guerra Mundial chegasse ao fim.


Tom já coloriu diversas fotografias históricas como parte de seu trabalho. Ainda assim, ele contou em artigo escrito para o site Bored Panda que este projeto “foi perturbador, porque as imagens são tão chocantes”.



Durante o trabalho, o colorista precisou realizar diversas pausas, pois as cenas o incomodavam. Apesar disso, o fotógrafo comenta que sabia da importância de trazer estas fotografias à tona.

“O processo de coloração também foi diferente, pois essas pessoas estavam próximas da morte no momento de sua libertação, então pintar tons de pele era totalmente diferente. Em cores, você pode ver os ossos e a pele pálida e sem sangue, e até os jovens parecem mais velhos, com cabelos grisalhos e manchas escuras ao redor dos olhos“, escreveu ele sobre o trabalho.



Tom não foi o único a entender este potencial. A artista brasileira Marina Amaral também realizou, há alguns anos, um trabalho de resgate e coloração de imagens do nazismo, intitulado “Faces of Auschwitz”.



Tom Marshal trabalha para a empresa PhotograFix, no Reino Unido. Em 2018, ele já havia empreendido um projeto igualmente importante de trazer cores a fotografias históricas, colorindo imagens de mulheres que lutavam por direitos iguais há 100 anos.

Veja fotos do holocausto em cores












Imagens coloridas e divulgadas por Tom Marshall/PhotograFix

Fonte: Hypeness
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