domingo, 1 de fevereiro de 2015

RESUMO DA SEMANA LINGUAGEM GEOGRÁFICA


16 DAS 50 CIDADES MAIS PERIGOSAS DO MUNDO SÃO BRASILEIRAS

PRODUÇÃO ACADÊMICA E LIXO CIENTÍFICO NO BRASIL

ÁGUA OSTENTAÇÃO

CHUCK NORRIS CRITICA MONSANTO

INCLUSÃO SOCIAL

A CORRUPÇÃO PELO MUNDO

PRECIPITAÇÕES NO PLANETA ENTRE MARÇO DE 2005 E MARÇO DE 2007

COMUNICAÇÃO PÓS-MODERNA

sábado, 31 de janeiro de 2015

A CORRUPÇÃO PELO MUNDO


    Mapa com o Índice de Percepção da Corrupção (CPI) em 180 países elaborado a partir de dados de 2014. Quanto mais próximo de 100, menor a percepção. O Brasil aparece com score 43, 69 posição. Já a Dinamarca aparece com score 92, na primeira posição. Para o cálculo, o CPI leva em conta informações sobre os aspectos administrativos e políticos da corrupção. Em termos gerais, os levantamentos e avaliações usados para compilar o índice incluem as questões relativas à corrupção de funcionários públicos , propinas nos contratos públicos , desvio de fundos públicos , e perguntas que sondam a força e a eficácia do setor público nos esforços anti-corrupção.

Para mais informações sobre o assunto acesse

Fonte: ChartsBin.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

9º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA E GEOAMBIENTAL


22 a 25 de março de 2015 na Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá.
Submissão de resumos até 10/12/2014.
Inscrições entre 80 e 400 reais.

Mais informações no site do evento.

COMUNICAÇÃO PÓS-MODERNA


16 DAS 50 CIDADES MAIS PERIGOSAS DO MUNDO SÃO BRASILEIRAS

As cidades da América Latina são as mais perigosas entre todas as cidades do mundo. É o que diz um relatório da fundação City Mayors, centro de estudos dedicado a temas urbanos, que concluiu que 47 das 50 localidades mais violentas do planeta ficam no continente. As exceções são Cidade do Cabo, na África do Sul, além de Detroit e Nova Orleans, ambas nos Estados Unidos. O critério para a elaboração da lista foi o número de homicídios registrados por ano em cada grupo de 100 mil habitantes.


No ranking geral, pela terceira vez consecutiva, a campeã foi San Pedro Sula, cidade com 720 mil moradores no norte de Honduras. Por lá, são registrados 187 assassinatos a cada grupo de 100 mil pessoas, taxa que segue crescendo. A presença do tráfico internacional e as disputas entre gangues locais são as principais causas das mortes. 

San Pedro Sula.
Caracas, na Venezuela, ocupa o segundo lugar da lista. A capital venezuelana tem quase 3 milhões de habitantes e registra 134 homicídios em cada grupo de 100 mil. O terceiro lugar é da turística Acapulco, cidade portuária mexicana com quase 700 mil moradores e taxa de 113 mortos por 100 mil. Quase um terço das 50 cidades do ranking fica no Brasil, o país de maior presença na lista do City Mayors, que pode ser lida na íntegra aqui.

Os países com mais cidades violentas
(apenas dois não são latinos*)

1º) Brasil
16 cidades

2º) México
9 cidades

3º) Colômbia
6 cidades

4º) Venezuela
5 cidades

5º) Estados Unidos*
4 cidades

6º) África do Sul*
3 cidades

7º) Honduras
2 cidades

8º) Guatemala, El Salvador, Jamaica, Haiti e Porto Rico
1 cidade cada um

O documento destaca que “moradores de cidades do Brasil, México e Colômbia correm mais risco de serem atingidos nas batalhas entre gangues rivais”. Entre as cidades brasileiras, a mais violenta é Maceió, com taxa de 80 em cada 100 mil. Depois dela vêm Fortaleza, com 73, e João Pessoa, com 67. No patamar de 57 a 58 por 100 mil, aparecem Natal, Salvador, Grande Vitória e São Luís, nesta ordem.

Capina Grande, na Paraíba, é a única não capital a figurar entre as mais violentas do Brasil. Com 500 mil habitantes, ela vive o paradoxo de estar sob a tensão da violência ao mesmo tempo em que é considerado um dos locais mais prósperos da região, por ser um importante pólo industrial e tecnológico e concentrar dezessete universidades. Veja abaixo:

Campina Grande.

As cidades mais perigosas do Brasil
(conforme a taxa de homicídios por 100 mil habitantes)

1º) Maceió 
80 homicídios por 100 mil habitantes/ 5º lugar no ranking geral

Maceió.
2º) Fortaleza
73 homicídios por 100 mil habitantes/ 7º lugar no ranking geral

3º) João Pessoa
67 homicídios por 100 mil habitantes/ 9º lugar no ranking geral

4º) Natal
58 homicídios por 100 mil habitantes/ 12º lugar no ranking geral

5º) Salvador
58 homicídios por 100 mil habitantes/ 13º lugar no ranking geral

6º) Grande Vitória**
57 homicídios por 100 mil habitantes/ 14º lugar no ranking geral

7º) São Luís
57 homicídios por 100 mil habitantes/ 15º lugar no ranking geral

8º) Belém
48 homicídios por 100 mil habitantes/ 23º lugar no ranking geral

9º) Campina Grande
46 homicídios por 100 mil habitantes/ 25º lugar no ranking geral

10º) Goiânia
45 homicídios por 100 mil habitantes/ 28º lugar no ranking geral

11º) Cuiabá
44 homicídios por 100 mil habitantes/ 29º lugar no ranking geral

12º) Manaus
43 homicídios por 100 mil habitantes/ 31º lugar no ranking geral

13º) Recife
37 homicídios por 100 mil habitantes/ 39º lugar no ranking geral

14º) Macapá
37 homicídios por 100 mil habitantes/ 40º lugar no ranking geral

15º) Belo Horizonte
35 homicídios por 100 mil habitantes/ 44º lugar no ranking geral

16º) Aracaju
33 homicídios por 100 mil habitantes/ 46º lugar no ranking geral

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

PRODUÇÃO ACADÊMICA E LIXO CIENTÍFICO NO BRASIL

Dois artigos publicados recentemente pela revista britânica "Nature", especializada em ciência, deixam o Brasil e, em especial, a comunidade acadêmica brasileira, profundamente envergonhados.

A "Nature" nos acusa, em primeiro lugar, de produzir mais lixo do que conhecimento em ciência. Nas revistas mais severas quanto à qualidade de ciência, selecionadas como de excelência pelo periódico, cientistas brasileiros preenchem apenas 1% das publicações.

Quando se incluem revistas menos qualificadas, porém, ainda incluídas dentre as indexadas, o Brasil se responsabiliza por 2,5%. O que a "Nature" generosamente omite são as publicações em revistas não indexadas, que contêm número significativo de publicações brasileiras, um verdadeiro lixo acadêmico.

O segundo golpe humilhante para a ciência brasileira exposto pela revista se refere à eficiência no uso de recursos aplicados à pesquisa. Dentre 53 países analisados, o Brasil está em 50º lugar. Melhor apenas que Egito, Turquia e Malásia.

Tomemos um exemplo. O Brasil publicou 670 artigos em revistas de grande prestígio, enquanto no mesmo período o Chile publicou 717, nessas mesmas revistas. O dado profundamente inquietante é que enquanto o Brasil despendeu em ciência US$ 30 bilhões, o Chile gastou apenas US$ 2 bilhões.

Quer dizer, o Chile, que aliás não está entre os primeiros em eficiência no mundo científico, é 15 vezes mais eficiente que o Brasil. Alguma coisa está errada, profundamente errada. A academia brasileira, isto é, universidades e institutos de pesquisas produzem mais pesquisa de baixa do que de boa qualidade e as produz a custos muito elevados. Há certamente causas, talvez muitas, para essa inadequação.

A primeira decorre de um "distributivismo" demagógico. É evidente que seria desejável que novos centros de pesquisas se desenvolvessem em regiões ainda não desenvolvidas do país. Mas é um erro crasso esperar que uma atividade de pesquisas qualquer venha a desenvolver economicamente uma região sem cultura adequada para conviver com essa pesquisa.

Seria desejável que investimentos maciços fossem aplicados em pesquisas em instituições localizadas em regiões pouco desenvolvidas, mas cujo meio ambiente é capaz de absorver os benefícios dessa inserção.

O segundo mal que é causa inquestionável da diminuta e dispendiosa produção de conhecimento é o obsoleto regime de trabalho que regula a mão de obra do setor de pesquisas em universidades públicas e na maioria dos institutos.

O pesquisador faz um concurso - frequentemente falsificado - no começo de sua carreira. Torna-se vitalício. Quase sempre não precisa trabalhar para ter aumento de salário e galgar postos em sua carreira. Ora, qual seria, então, a motivação para fazer pesquisas?

O terceiro problema é o sistema de gestão de universidades públicas e instituições de pesquisa, cuja burocracia soterra qualquer iniciativa dos poucos bem-intencionados professores e pesquisadores que ainda não esmoreceram.

Pois bem. Há uma fórmula que evita todos esses males e que já foi experimentada com sucesso em algumas das instituições científicas do Brasil: a organização social. A resistência dos medíocres e parasitas e a falta de coragem política de algumas de nossas autoridades impedem a solução desse problema.

ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, físico, é professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha.

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