segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

DE OLHO NA OTAN, UCRÂNIA RENUNCIA A STATUS DE PAÍS NÃO ALINHADO

     Parlamento ucraniano aprova por ampla maioria o fim da neutralidade militar, abrindo caminho para o ingresso na Aliança Atlântica. Rússia critica duramente a decisão.
      A Ucrânia decidiu nesta terça-feira (23/12) renunciar ao seu status de país não alinhado para se aproximar da Otan, irritando assim o governo da Rússia. O status de não alinhado garante neutralidade a alguns países – como a Suíça –, que não participam de conflitos armados nem integram ações militares.
    Kiev havia assumido neutralidade em 2010, após a chegada do ex-presidente Viktor Yanukovytch ao poder e sob forte pressão da Rússia. No início da era pós-soviética, a Ucrânia tentou entrar na Otan, mas nunca foi vista como uma real candidata por causa de suas forças armadas sucateadas e manchadas pela corrupção.
   A decisão tem como pano de fundo o conflito aberto entre Rússia e Ucrânia, manifesto na anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia e na luta do governo ucraniano contra os rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia.
   Uma ampla maioria de 303 deputados votou pelo fim da neutralidade, que registrou apenas oito votos contra. A lei deve agora ser promulgada pelo presidente Petro Poroshenko, que saudou a sua aprovação na rede social Twitter.
      "Enfim, corrigimos este erro", declarou o chefe de Estado ucraniano. "A integração europeia e euro-atlântica é um caminho para o qual a Ucrânia não tem alternativa", adiantou.
Repercussão imediata
    A decisão de Kiev foi criticada pela Rússia, antes mesmo de ser aprovada. "Trata-se, 'de fato', de um pedido de adesão à Otan, o que transforma a Ucrânia num adversário militar potencial da Rússia", considerou já nesta segunda-feira à noite o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, na sua conta na rede social Facebook.
    "Isso é contraprodutivo e apenas esquenta o confronto, criando a ilusão de que aceitar uma lei como essa é o caminho para resolver a profunda crise interna na Ucrânia", afirmou o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov.
   A Otan saudou a decisão. "Nossa porta está aberta, e a Ucrânia se tornará um membro da Otan se fizer um pedido, atender aos padrões e aderir aos princípios necessários", declarou a Aliança Atlântica. O ingresso da Ucrânia na aliança, porém, é um processo que levaria anos para ser concluído.
   O presidente da Rússia, Vladimir Putin, vê a Otan como a principal ameaça à influência da Rússia sobre os países da antiga União Soviética. Este novo passo de aproximação com Ocidente, dado pela Ucrânia, deve acirrar ainda mais as tensões entre o Ocidente e a Rússia.
Fonte: DW

domingo, 28 de dezembro de 2014

DESEMPREGO ESTRUTURAL


A CRISE DOS SHOPPING CENTERS NOS EUA

Shopping centers não foram criados para serem sinistros. Ainda assim, em 1977, George A. Romero escolheu um shopping deserto para filmar algumas sequências de O Despertar dos Mortos, seu cult de horror zumbi. Sem vida e sem luz, as enormes galerias vazias do local assumiram um ar assustador.

Randall Park Mall: North Randall, Ohio


Curiosamente, o cenário de Romero tem muito em comum com imagens que recentemente vieram à tona de shopping centers abandonados espalhados por todo o território americano. Hoje, há provavelmente mais de cem dessas criaturas inanimadas de aço e concreto espalhadas à beira das grandes avenidas dos subúrbios do país.


Rolling Acres Mall: Akron, Ohio

A crise econômica em várias regiões, principalmente no Meio-Oeste, combinada com uma acelerada ascensão das compras pela internet e com novos modelos de centros urbanos de comércio, empurrou o então aparentemente imbatível shopping center americano para a decadência. Muitos ainda são bastante frequentados e estão sendo ampliados ou reformados, mas os "shoppings fantasmas" estão rapidamente se tornando as "cidades fantasmas" do século 21.




O pai do shopping center



Do lado de dentro, os milhares de metros quadrados de decoração kitsch parecem mais melancólicos do que um parque de diversões fechado. Todo aquele mármore, todos aqueles azulejos e as largas escadarias no estilo hollywoodiano parecem inúteis e um tanto comovedoras. Ainda mais tocantes porque os primeiros shoppings dos Estados Unidos não foram erguidos para ficar a quilômetros de distância de grandes centros urbanos, acessíveis apenas de carro. Victor Gruen, o "pai do shopping center", os idealizou como ponto de referência no coração de áreas onde novos e aprazíveis bairros seriam erguidos.

Southdale Center, em Edina, Minnesota
Nascido em Viena em 1903, Gruen era um socialista ferrenho que estudou arquitetura em sua cidade natal antes de abandoná-la rumo a Nova York, na época da anexação da Áustria pelos nazistas, em 1938. Ele acabou projetando o primeiro shopping center fechado do mundo, o Southdale Center, em Edina, Minnesota. Era 1956.

American way

As casas, escolas, lagos e parques que Gruen havia imaginado continuaram sendo um sonho, enquanto os habitantes de Edina e, posteriormente, do resto do país faziam suas compras em edifícios climatizados cada vez maiores e cada vez mais kitsch. O shopping center virou um local de passeio, além de ter se tornado uma parte fundamental da cultura americana contemporânea e um modelo para muitos outros países que desejavam reproduzir o American way of life.

Dixie Square Mall: Harvey, Illinois
Hoje, os grandes shoppings estão em várias partes do mundo. O maior deles é o New South China Mall, em Dongguan, na China, com uma área 20 vezes maior do que a Praça de São Pedro, no Vaticano, e com mais do dobro do tamanho do King of Prussia Mall, na Pensilvânia, o maior dos Estados Unidos. Entre os dez maiores shoppings do mundo, dois estão no Irã, enquanto outro gigante acaba de ser erguido em Bangladesh, um país com um PIB per capita quase 50 vezes menor do que o dos Estados Unidos.

Porém nos Estados Unidos, em si, a tendência estancou. Em meados dos anos 90, surgiam 140 novos shoppings por ano no país. O freio foi acionado em 2007, o primeiro ano em quase meio século em que nenhum desses centros foi construído. A recessão levou muitos estabelecimentos americanos a fechar suas portas. E, como tinham sido construídos em uma escala cada vez mais ambiciosa, nunca foi fácil convertê-los para novas finalidades.


Dias contados?



Quando o shopping passa a ser uma necessidade e não apenas mais uma opção, isso é sinal de que a cidade se encontra terrivelmente adoecida. 


Quando as ruas não são agradáveis aos sentidos (ruas feias, fétidas, com poluição sonora e visual), quando há uma constante sensação de insegurança, quando a infraestrutura das ruas é decadente, as calçadas quebradas e você tem que disputar o espaço com carros e camelôs, obviamente a melhor solução é nos refugiar em um ambiente mais agradável e de fácil acesso como um shopping center, para fazer nossas compras e satisfazer nossas necessidades de lazer.

Hawthorne Plaza Mall: Hawthorne, Califórnia
O mundo continua indo às compras freneticamente, mas, como a experiência americana mostra, alguns modismos também passam. Como arquitetura, e como fenômeno social e econômico, os shoppings falam muito sobre a forma como gastamos dinheiro e vivemos nos últimos 50 anos. Ao olharmos as fotografias de prédios abandonados, esse modo de vida pode nos parecer um perturbador e até mesmo um pouco assustador.

sábado, 27 de dezembro de 2014

33º CONGRESSO DA CONFERENCE OF LATIN AMERICANIST GEOGRAPHERS (CLAG)


26 a 31 de maio de 2015 na Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.
Submissão de resumos até 10/02/2015.
Inscrições entre 140 e 320 reais.

Mais informações na página e no site do evento.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

QUAL É O BIOMA ?


Resposta: Taiga ou Floresta de Coníferas

ONDE O NATAL NÃO É COMEMORADO

   O Natal é uma data comemorativa cultural, que para os cristãos simboliza o nascimento de Jesus Cristo. No entanto, o feriado festivo do dia 25 de dezembro é marcado pela religião e por isso nem todas as culturas absorvem a tradição de celebrar a data. Assim sendo, vários países não comemoram a data e outros trazem um significado diferente para o dia.

Islamismo
   Os países islâmicos, como Indonésia, Paquistão, Bangladesh, Turquia, Egito, Nigéria, Líbia, Irã, dão maior relevância aos ensinamentos de Maomé, profeta que teria vivido entre os anos 570 e 632 d.C, posteriores a Jesus, e que teria vindo completar a sua mensagem.
   Os muçulmanos aceitam a figura de Jesus Cristo como um dos cinco profetas que vieram trazer a palavra de Deus ao homem. Por conta disso, eles mantêm apenas uma relação de respeito com a data, mas ela não é considerada sagrada para seu credo. Eles comemoram apenas duas festas religiosas: o Eid wl-Fitr, que é a comemoração após o término do mês de jejum (Ramadã) e o Eid al-Adha, onde comemoram a obediência do Profeta Abraão a Deus.
     O Eid el-Fitr é comemorado no 1° dia do mês de Shawwal, o décimo mês do calendário islâmico. Em 2013, esse dia foi celebrado em 7 de agosto. Já em 2014, será no dia 28 de julho, de acordo com os cálculos do calendário.
   Já o Eid al-Adha, também conhecido como Grande Festa ou Festa do Sacrifício, é um festival muçulmano que sucede a peregrinação para Meca. É comemorado a partir do décimo dia do mês de Dhu al-Hijjah (no último mês do ano lunar no calendário islâmico), e a festa tem duração de quatro dias. Em 2013, ocorreu em 15 de outubro e em 2014 foi comemorada no dia 4 de outubro.

Celebração do Eid al-Adha, a festa do sacrifício.
     Nessas comemorações, os muçulmanos se reúnem nas mesquitas para ler e lembrar o nascimento do profeta, sua vida, seus valores; algumas vezes também há grupos de música entoando cantos para enaltecer o nome do profeta e sua lembrança.

Budismo
     Já os países que adotam o budismo como religião, caso de vários países da Ásia como Vietnã, China, Tibet, Camboja, Coreia do Sul, Butão, Burma, Hong Kong, Japão, Mongólia, Cingapura, Sri Lanka, Tailândia, não se envolvem com a característica particular do nascimento de Jesus Cristo. Eles admiram e respeitam a tradição, mas Jesus para a crença é considerado um “Bodhisattva”, ou seja, um ser de sabedoria elevada, que segue uma prática espiritual que visa remover obstáculos e beneficiar todos os demais seres.
     O budismo não possui textos que sejam adotados universalmente entre os adeptos da religião e cada seita budista possui seus próprios textos sagrados, de apenas seguir on ensinamentos de Buda. Assim, os budistas ocidentais não comemoram o dia 25 de dezembro como “cunho” cristão, mas em pensamento espiritual.

Celebração do Visakha Bucha.
     A data mais importante para os budistas é chamada Visakha Bucha, já que os adeptos celebram o nascimento, a iluminação e a morte de Buda, seu fundador. Normalmente é comemorado no mês de maio, num dia de lua cheia de acordo com o sexto mês lunar. Em 2013, a celebração foi realizada no dia 24 de maio e em 2014 foi no dia 13 de maio.

Judaísmo
    Os judeus não comemoram nem o Natal nem o Ano Novo nos “moldes” cristãos – apesar de reconhecerem que Jesus existiu, não há uma relação de divindade com ele.
     Para essa cultura, principalmente em Israel, a comemoração de fim de ano é o Hanukkah, que significa festa das luzes em hebraico e lembram as vitórias contra a opressão, a discriminação e a perseguição religiosa. A data marca a vitória dos judeus sobre os gregos há mais de dois mil anos, na batalha pela liberdade de seguir a sua religião.

Celebração do Hanukkah.
    A festa consagra a vitória dos judeus contra uma província grega que tentava impor o politeísmo. Segundo os crentes, para cada um dos dias é acesa uma vela até que todo o candelabro esteja aceso no último dia de festa. Também teria havido um milagre: o óleo para acender as velas do templo, que seria suficiente para apenas um dia, durou oito.
   Na comemoração, peru e bacalhau são substituídos por panquecas de batata e bolinhos fritos em azeite. E em vez de desembrulharem presentes à meia-noite, as crianças recebem dinheiro.

Hinduísmo
    O hinduísmo, cultura tradicionalmente presente na Índia, tem como suas principais celebrações Durga Puja, o Dasara, o Ganesh Puja, o Rama Navami, o Krishna Janmashtami, o Diwali, o Holi e o Baishakhi. São festas relacionadas a energias, danças e cantos e que tem apenas um significado: adorar a “energia Divina”.

Celebração do Diwali.
    O Durga Puja é a festa da energia divina. Já o festival de Ganesh é celebrado nos estados do sul da Índia, com danças alegres e cantos. O Diwali é o “festival das luzes” em que em cada casa, em cada templo são colocadas milhares de luzes, que ficam acesas toda a noite.

Taoísmo
     A cultura taoista é predominantemente encontrada na China. A religião tem inúmeras datas nas quais se comemora o nascimento de grandes mestres ou a ascensão deles – também há rituais de exorcismo, alquimia e magia.

Ano Novo chinês.
   O Ano Novo chinês, comemorado segundo o calendário lunar, é um dos períodos mais importantes para a sociedade chinesa, já que fazem uma pausa no trabalho para festejar com a família. Em 2013, a data foi comemorada no dia 10 de fevereiro e em 2014 foi celebrada em 30 de janeiro.

Xintoísmo
   O xintoísmo, cujos deuses são elementos e seres da natureza, é contemplado predominantemente no Japão. O dia 25 de dezembro não é fixado como Natal, mas sim como uma data comercial e sem importância religiosa. A data é mais parecida com o dia dos namorados, comercialmente – eles preferem comprar presentes para a pessoa amada.

Ritual da Grande Purificação.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

E TÁ TUDO DOMINADO!

Gráfico chamado "A escolha é uma ilusão" revela que as marcas mais consumidas no mundo são controladas pelas mesmas empresas.

Desde produtos de limpeza, passando pelo segmento de beleza e higiene pessoal, até alimentos para pessoas e animais: dez megacorporações fornecem quase tudo que as pessoas consomem em todo o mundo.

Aproveite também para ver o documentário "A Corporação", clicando aqui.
Clique na imagem para ampliar.


Fonte: Pragmatismo Político.

SISTEMA SOLAR INFLÁVEL

     Seu filho(a) gosta de astronomia ?
     Aí vai uma ótima dica de presente.


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