quinta-feira, 11 de setembro de 2014

QUEM APOIA O ESTADO ISLÂMICO?

   Muitos países do Golfo Pérsico são acusados de financiar o grupo extremista Estado Islâmico (EI), que controla parte dos territórios do Iraque e da Síria, mas nem tudo é tão simples em uma guerra como esta.

Grupo começou tomada de território em 2013 e tornou-se um dos principais grupos extremistas do Oriente Médio.
   Segundo Michael Stephen, diretor do Royal United Services Institute (um centro de pesquisa britânico sobre questões segurança) no Catar, aqueles que estão lutando contra o grupo normalmente acusam o Catar, a Turquia e a Arábia Saudita de serem os responsáveis pela existência do grupo. Mas a verdade, diz Stephen, é mais complexa. É verdade que alguns indivíduos ricos do Golfo financiaram grupos extremistas na Síria, levando sacolas de dinheiro para a Turquia e entregando milhões de dólares de uma só vez. A prática era comum em 2012 e 2013, mas diminuiu desde então, e responde por apenas uma pequena parte da renda total que flui para os cofres do EI em 2014, diz o analista. É verdade também, de acordo com Stephen, que a Arábia Saudita e o Catar financiaram grupos sunitas ultraconservadores, acreditando que o presidente sírio Bashar al-Assad cairia em breve e que o islamismo era o verdadeiro veículo para seus objetivos políticos.

Ligações tênues

   Os grupos Liwa al-Tawhid, Ahrar al-Sham e Jaish al-Islam têm essas características e ligações tênues com a Frente al-Nusra, uma ramificação oficial da Al-Qaeda na Síria. O Catar atraiu críticas especialmente por suas ligações duvidosas com este grupo. Por sua vez, a Turquia operava uma política de segurança altamente questionável na fronteira, em que grandes quantidades de armas e dinheiro eram levadas para a Síria, com o apoio do Catar e da Arábia Saudita. Todos acreditavam que isso facilitaria o fim do regime Assad e colocaria a Síria sob o poder sunita, quebrando a ligação xiita iraniana com o Mediterrâneo. 

   No entanto, com a ascensão incontrolável do EI, esses grupos foram destruídos por ele ou decidiram que era melhor se juntar ao time vencedor e simplesmente desertaram, levando suas armas e dinheiro com eles. Apenas a Al-Nusra se manteve firme, gerenciando uma tênue aliança com o EI, mas ainda assim estima-se que ao menos 3 mil combatentes da Al-Nusra trocaram de lado neste período. Então, isso quer dizer que o Catar financiou o EI? Stephen diz que, a príncipio, a resposta é não. Mas, indiretamente, uma combinação de políticas ruins e ingenuidade levaram armas e dinheiro do Catar para as mãos do grupo. A Arábia Saudita é também inocente de um financiamento direto do grupo, mas, assim como o Catar, cometeu sérios erros na hora de escolher seus aliados, por sua determinação em retirar o presidente Al-Assad do poder. Stephen acredita que os dois países devem fazer um exame de consciência neste momento, mas duvida que isso será feita em público.

Simpatia popular

   Há questões ainda mais complexas, como a simpatia popular por um grupo que age explicitamente contra os interesses dos xiitas – aliados aos iranianos - na região e tem o apoio tático de mais pessoas no Golfo do que muitos preferem admitir. O horrendo atos cometidos pelo EI são difíceis de serem apoiados por qualquer pessoa, mas seu objetivo de criar um califado é certamente atraente para algumas correntes do pensamento islâmico. Muitos daqueles que apoiam este objetivo já foram à Síria para lutar e morrer pelo EI e outros grupos extremistas. Outros apenas expressam seu apoio de forma passiva e continuarão a fazer isso por muitos anos.

   O grupo tem se destacado de qualquer outro nos êxitos nos combates e na sua campanha de sucesso em diferentes idiomas para atrair homens e mulheres jovens à sua causa. Em qualquer atividade - da luta armada, passando pela organização e pela hierarquia -, o IE está anos-luz à frente das outras facções que atuam na região. O EI já apresenta o que parece ser o início da estrutura de um semi-Estado - ministérios, tribunais e até mesmo um sistema tributário rudimentar, que exige dos cidadãos bem menos do que Al-Assad exigia na Síria.

   É dessa forma consistente que o grupo tem atuado desde que começou sua tomada de território no início de 2013. Ao tomar o controle de uma cidade, o EI rapidamente garante o controle de fontes de água, do petróleo e derivados nesta área, centralizando a sua distribuição e tornando sua população dependente do grupo. Dependência e apoio não são a mesma coisa, mas é impossível quantificar o número de "cidadãos" do EI que apoiam o grupo por vontade própria ou por simplesmente estarem se curvando ao seu poder em busca de estabilidade ou por medo.

Economia

  Para entender como a economia do EI funciona, é preciso mergulhar no pantanoso mundo de atravessadores e negócios questionáveis. O EI exporta cerca de 9 mil barris de petróleo por dia por preços que variam entre US$ 25 e US$ 45. Parte destes barris vai para a Turquia por meio de atravessadores curdos. Outra parte é destinada ao consumo interno. E uma terceira leva vai para o regime de Al-Assad, que, por mais paradoxal que seja, vende armas para o grupo. "É a economia tradicional de uma guerra", destaca o analista Wladimir van Wilgenburg.

   De fato, estes negócios escusos e alianças incomuns estão começando a se tornar parecidos com os eventos da guerra civil no Líbano, em que os dois lados do conflito também fechavam negócios entre si. O ponto mais importante é que o EI consegue se autofinanciar. Não pode ser isolado do mundo, porque está intimamente ligado ao status quo regional e isso beneficia não apenas o grupo, mas também as pessoas com quem ele luta.


   A questão maior ainda é se este pilar tão importante na região que ele não possa vir a ser derrotado. Sem uma intervenção militar ocidental, isto é improvável, porque as tribos sunitas iraquianas não tem poder de fogo ou os recursos necessários, assim como os Exércitos do Iraque e da Síria.

Fonte: BBC.

A PROF...

Como não definir geograficamente o território de um país.


QUEM NUNCA IMAGINOU DESENHOS NAS NUVENS? ESTE ARTISTA FOI MAIS LONGE















     Feijoó disse: "Quando eu era criança, me disseram que as formas 'nuvens foram criados por especialistas palhaços de balão que vivem no céu, para que eles possam manter as crianças divertidas. Na minha última viagem para o México me lembrei disso e comecei a fotografas as nuvens na estrada. O resultado é de moldar as nuvens foi uma série de ilustrações onde eu tirei a primeira coisa que me veio à mente quando eu vi essas nuvens que eu imagino que alguém fez para mim. "

Fonte: Shaping Clouds

13 ANOS DO 11 DE SETEMBRO

Relembre o ocorrido nos EUA no dia 11 de setembro de 2001 com um vídeo do jornal desta data.
Assista ainda a uma sugestão de documentário: Fahrenheit 11 de Setembro, que trata de uma teoria conspiratória sobre a real intensão dos "atentados" em Nova York e Washington D.C..


Fahrenheit 11 de Setembro

Temas abordados: 11 de setembro, EUA, conspiração.

Título original: Fahrenheit 9/11.
Lançamento: 2004.
Origem: EUA.
Direção: Michael Moore.
Gênero: documentário.
Duração: 122 min.
Idioma: inglês.

Sinopse

A apuração de votos das eleições de 2000 para a presidência da república nos Estados Unidos são as primeiras imagens de Fahrenheit 11 de Setembro. Com uma narração sarcástica do diretor Michael Moore, as cenas sugerem que a administração do presidente seria uma fraude, afinal Bush teria vencido o pleito com uma "mãozinha" do Estado da Flórida, governado por seu irmão Jeb. E depois que George W. Bush assumiu o poder, é acusado de estar constantemente em férias. Isso é só o começo da devassa que o cineasta fez a respeito do presidente e sua gestão, que tem como ponto alto os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.


Assista ao documentário completo dublado em português.


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

ENIGMAS GEOGRÁFICOS ...


Resposta: Clima Temperado

ACREDITEM, ESTAS IMAGENS NÃO SÃO PHOTOSHOP ... VEJA COMO FOI POSSÍVEL

     Fotógrafo alemão Markus Reugels tem um talento muito especial para ver a beleza nas pequenas coisas, um talento que ele mostra na perfeição em sua série de foto impressionante. 

    Ao tirar fotografias de alta velocidade de gotas de água que caem na frente de uma imagem de fundo, Markus captura uma quantidade incrível de detalhes em uma única gota de água. As fotos finais são tão fascinante e legais.

The%20setup

%22Parallel%20Worlds%22

%22Mars%22
Marte

%22Mercury%22
Mercúrio

%22Water%20World%22

%22Digital%20World%22
Mundo Digital

%22World%20on%20a%20String%22

%22Drops%20of%20Jupiter%22
Júpter

%22Little%20Big%20Planet%22

%22Falling%20Earth%22

JUVENTUDE DIGITAL


terça-feira, 9 de setembro de 2014

SAEM OS CARROS, ENTRAM OS PEDESTRES E OS CICLISTAS

   Em São Paulo, o destino do Elevado Costa e Silva, popularmente conhecido como Minhocão, voltou a ser debatido. O novo Plano Diretor da cidade prevê, progressivamente, seu desativamento até que seja viável sua demolição ou transformação em um parque.

   Conheça o exemplo de seis cidades pelo mundo que já substituíram ou estão prestes a substituir ruas por parques e abrir espaço para pedestres e ciclistas.

Seul - Coreia do Sul

   O caso da recuperação do canal Cheonggyecheon, em Seul, é um exemplo de como uma cidade pode mudar os seus padrões de crescimento e gerar espaços públicos para a população.
   Construído durante Dinastia Joseon (1392-1410), o rio Cheonggyecheon serviu como um dreno para a cidade por centenas de anos. Gradualmente foi sendo coberto por concreto até que em 1976, o governo local construiu 6 km de vias elevadas sobre o rio.
   Em 2003 a via foi derrubada e deu lugar a um parque urbano linear.


Portland - EUA

   Uma das primeiras autoestradas americana que foi desativada para dar lugar a um parque foi a Harbor Drive, localizada em Portland, construída no leito do rio Willamette. A transformação para dar lugar ao parque Tom McCall ocorreu em 1974.
   A ponte Hawthorne foi mantida. Apenas ciclistas e pedestres por circular por ela.


São Francisco - EUA

   No início de 1980, em São Francisco, começou-se falar de um plano para demolir a autoestrada California-480 com a ideia de se construir em seu lugar um parque. No entanto, somente em 1991 a via dois andares foi demolida –após ter sido danificada pelo terremoto de 1989. Estudos concluíram que reconstruir a rodovia era muito mais caro do que fazer um parque.
   O lugar tem uma das melhores vistas da baía de São Francisco e conta com muitos quilômetros de passeios para pedestres e ciclistas.


Madri - Espanha

   Em 2000, a Prefeitura de Madri, iniciou o projeto para recuperar às margens do rio Manzares. No lugar das marginais, a cidade ganhou um parque linear de 9 km de extensão. Não foi uma tarefa simples, já que havia construções históricas, como a Puente de Segovia –a mais antiga da cidade–, a Ermita Virgen del Puerto e a Puente del Rey.
  O parque foi aberto ao público em 2011 com diversas opções de lazer, passeios e muito verde.


Milwaukee - EUA

   Nos anos 60, um projeto previa que o centro Milwaukee fosse cercado pela autoestrada Park East Freeway. No entanto, os moradores começaram a se opor, argumentando que o projeto causaria muito ruído.
   Por este motivo, a rodovia nunca foi concluída e parte dela foi demolida. Em seu lugar, será construído um parque que, quando inaugurado, permitirá um livre acesso do centro da cidade até o rio.


Seattle - EUA

   Em 2001, um terremoto danificou o viaduto da rodovia Alaska. Inicialmente pensou-se em reconstruí-lo, entretanto optou-se por fazer um túnel subterrâneo com quatro pistas. A superfície será destinada aos pedestres. A inauguração está prevista para 2015.



Fonte: Catraca Livre (adaptado).
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...