sábado, 16 de agosto de 2014

LANCHINHO GEOGRÁFICO

   Mulheres adoram comer chocolate quando estão com dificuldades pessoais e de cunho amoroso, mas não é o caso de Teresa Widener. Esta mulher de 45 anos, moradora de Bedford, no estado americano da Virginia, costuma andar por desfiladeiros atrás de rochas “deliciosas” para levantar seu ânimo. Ela consome 1,36 kg por semana. Calcula-se que ela já tenha ingerido 1.360 kg de pedras durante toda sua vida!



      Em um dia rui, Wider chega a comer vários punhados de rochas como seixos ou pedregulhos para se sentir melhor. Essas rochas são ditas "especiais" e são guardadas em um local da cozinha como algo extremamente gostoso.
   “Nós últimos 20 anos eu comi mais de 1,36 kg por semana, mas tudo depende de como estou me sentindo no dia, podendo ser mais ou menos. Se eu me sinto mal, então eu como muito, porque isso me conforta. Se eu me sinto bem, basta saber que as pedras estão por perto”, comentou Widener ao portal DailyMail.
   Widener seleciona rochas mais macias e mais frágeis para poder quebrar facilmente. “Eu escolho as que eu gosto de olhar. Eu gosto do sabor terroso delas e às vezes eu sugo só a lama”, salientou.

   Ela mastiga usando apenas o lado esquerdo de sua boca: “Os dentes desse lado cresceram mais fortes, porque mastiguei durante anos”.
Seu novo marido tenta ajudá-la a diminuir o hábito nada saudável, além de muito estranho. Desde que se casou com Jim Widener em agosto do ano passado, seu consumo está diminuindo.
   “Jim me faz tão feliz que comecei a comer menos. Mas todo mundo tem dias ruins e quando eu me sinto assim eu como rochas. Ele ficou chocado quando descobriu que eu comia pedras, mas ele me ama como eu sou e me ajuda em meus impulsos”.


   A doença é causada por uma condição psiquiátrica chamada Pica, um problema que leva a ingestão de produtos não consumíveis. Existem casos relatados em todo o mundo de pessoas que comem diariamente ou semanalmente lâmpadas fluorescentes, pedras, areia, sabão, espuma de travesseiro, pano, giz, componentes eletrônicos, plásticos, metais e diversos outros materiais.
   Estima-se que o problema possa surgir em pacientes que possuam alguma deficiência severa de certos nutrientes. Na natureza, algumas espécies comem rochas para ajudar na digestão, como tartarugas e lobos, mas em humanos é uma condição rara.

   Os médicos estimam que Widener começou a comer rocha motivada inconscientemente por uma forte anemia, que a levou a uma baixa taxa de ferro em seu organismo. Se as rochas são muito grandes, Widener usa um martelo para quebrá-las em pedaços.
   “Eu nunca tive nenhum problema de saúde por causa das pedras, mas eu vou ao banheiro muitas vezes e minha barriga dói um pouco”, comentou Widener.
   De acordo com especialistas, a doença é comum em alguns estágios da vida infantil. Estima-se que 21% das crianças de 1 a 6 anos já tenham ingerido produtos ou objetos por um determinado tempo. A doença foi registrada pela primeira vez em 1563.

Assista a uma entrevista, em inglês e sem legenda, de Widener.


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