terça-feira, 13 de maio de 2014

ARCO CHERNOBYL

Gigantesco arco de aço cobrirá o reator 4 de Chernobyl por mais 100 anos

Iniciado em 1992, um dos maiores projetos da arquitetura moderna utilizará 29 mil toneladas de metal para evitar novos vazamentos no sarcófago de Chernobyl

(Fonte da imagem: Reprodução/BBC)

     Os riscos de vazamentos nucleares em Chernobyl ainda preocupam os especialistas mesmo depois de 27 anos do desastre na pequena cidade ucraniana. Para evitar mais problemas com a radiação no local, engenheiros do mundo todo estão construindo desde 1992 um gigantesco arco de aço de 29 mil toneladas que cobrirá o reator 4 da usina, palco do maior acidente radioativo da história.
      O projeto, planejado para término em 2015, tem 110 metros de altura e 257 metros de largura – medidas suficientes para cobrir a Estátua da Liberdade dentro de um estádio de futebol. No entanto, pela grande quantidade de radiação presente na região da usina, os trabalhadores não podem edificar a estrutura diretamente sobre o reator 4. Para contornar este problema, o plano adotado pelos engenheiros é de construir a imensa estrutura em uma distância segura para depois transportá-la por meio de trilhos até o local do acidente.

As dificuldades da equipe

       Nem tudo será tão fácil na hora de mover a metálica construção. A chaminé do atual sarcófago deve ser cortada para que a estrutura seja encaixada sobre o reator, em um processo complicado e delicado. A separação é feita por um cortador de plasma, e cada pedaço precisa ser segurada por um guindaste para que as 55 toneladas de cada chaminé não caiam sobre a usina.
(Fonte da imagem: Reprodução/BBC)
     Cada operador neste calculado processo não pode ficar mais que algumas horas no local para que a radiação não prejudique a sua saúde. Além disto, um erro de cálculo nesta operação pode romper o sarcófago que protege a usina e liberar poeiras de radiação na atmosfera – tornando este um trabalho de pura precisão dos operadores.
     O sarcófago atual, composto de concreto e chumbo, não é mais visto como seguro pelos especialistas, que aceleram o projeto para evitar que a estrutura atual tenha um colapso e libere mais radiação para a atmosfera.
    O gigantesco arco é estimado para segurar a radiação por cerca de 100 anos. Passado este tempo, os cientistas esperam ter tecnologia suficiente para extrair o combustível do reator e depositá-lo em um lugar seguro – tornando, quem sabe, a região menos perigosa dos perigos da radiação.

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