Os beduínos são tribos árabes semi-nômades que vivem em regiões
desérticas no Oriente Medio e no norte da Africa. De acordo com
historiadores, tribos beduínas habitam o deserto do Negev desde o século
VII. O sistema tradicional de posse de terras entre os beduínos foi
reconhecido tanto pelo Império Otomano (1299-1922) como pelo Mandato
Britânico (1922-1948), que dominou a região até a criação do Estado de
Israel.
Antes da guerra de 1948 havia 97 mil beduínos no deserto do Negev, porém 88 mil foram expulsos pelas tropas israelenses ou fugiram durante o conflito, tornando-se parte dos refugiados palestinos. Os 11 mil beduínos que restaram foram obrigados a se deslocar para a região denominada Siyag (zona cercada), no nordeste do Negev.
A Siyag integrava apenas 10% da área beduína anterior à guerra de 1948 e nesta região as autoridades israelenses proibiram os residentes de edificar construções permanentes e assim eles puderam erguer apenas barracões e tendas.
Antes da guerra de 1948 havia 97 mil beduínos no deserto do Negev, porém 88 mil foram expulsos pelas tropas israelenses ou fugiram durante o conflito, tornando-se parte dos refugiados palestinos. Os 11 mil beduínos que restaram foram obrigados a se deslocar para a região denominada Siyag (zona cercada), no nordeste do Negev.
A Siyag integrava apenas 10% da área beduína anterior à guerra de 1948 e nesta região as autoridades israelenses proibiram os residentes de edificar construções permanentes e assim eles puderam erguer apenas barracões e tendas.
Ali, existem hoje em dia 35 aldeias não reconhecidas que durante os 65
anos que se passaram desde a fundação do Estado de Israel não obtiveram
acesso à eletricidade, água encanada, rede de esgotos nem coleta de
lixo, apesar de que formalmente os beduínos são cidadãos israelenses.
De acordo com o professor de Geografia Politica da Universidade Ben Gurion, Oren Iftachel, "o processo de desapropriação, sedentarização e modernização parcial contribuiu para destruir a cultura e o estilo de vida indígenas dos beduínos". Para ele, "as cidades planejadas transformaram-se rapidamente em bolsões de pobreza, desemprego, criminalidade e tensões sociais.”
De acordo com o professor de Geografia Politica da Universidade Ben Gurion, Oren Iftachel, "o processo de desapropriação, sedentarização e modernização parcial contribuiu para destruir a cultura e o estilo de vida indígenas dos beduínos". Para ele, "as cidades planejadas transformaram-se rapidamente em bolsões de pobreza, desemprego, criminalidade e tensões sociais.”
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