sexta-feira, 29 de agosto de 2014

PARCERIA RÚSSIA E CHINA DEPRECIA O DÓLAR

Em resposta às sanções impostas pelo Ocidente, governo russo negociou com a China a compra e venda de petróleo em suas próprias moedas

     O jornal econômico russo Kommersant noticiou, nessa quarta-feira (27), que a estatal energética russa Gazprom Neft acordou em negociar suas exportações de gás e petróleo em rublo russo ou yuan chinês, ignorando a moeda comum para a maioria das negociações internacionais, o dólar norte-americano.
     De acordo com o periódico, a decisão de mudar a moeda aconteceu por conta das sanções impostas pelo Ocidente contra a Rússia, impulsionada pela crise na Ucrânia desde o início do ano. As sanções, lideradas pelos EUA, alvejavam os setores de defesa, finanças e energia da Rússia – com Washington persuadindo seus aliados a fazerem o mesmo, tentando convencer até mesmo a China. A decisão também tem como objetivo ser de proteção, uma vez que pagamentos internacionais em dólar norte-americano podem ser rastreados e controlados pelo governo dos EUA.
    As 80 mil toneladas de petróleo virão do campo Novoportovskoye, no Ártico, e será “entregue” para a China através do oleoduto na Sibéria Oriental, que atende os mercados da Ásia-Pacífico (Japão, China, Coreia). Na semana passada, a Rússia usou dois petroleiros para a Europa, levando petróleo desse mesmo campo, e serão pagos em rublos.
   Em maio, Rússia e China comunicaram a assinatura de um acordo histórico para compra e venda de 30 bilhões de metros cúbicos de gás anualmente, durante 30 anos, e também a construção de um gasoduto para exportar o gás russo para a China, com o dragão asiático emprestando dinheiro para sua construção e a Gazprom fazendo concessões de preço à China.

POPULAÇÃO DA TERRA POR LATITUDE E LONGITUDE

   Quanto a latitude, nota-se uma elevada densidade demográfica na Zona Intertropical e praticamente um vazio demográfico nas regiões polares. Com relação à longitude, a concentração populacional ocorre, sobretudo, entre 60°L e 120ºL, devido, principalmente, à China e Índia.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

DEGELO NA GROENLÂNDIA E ANTÁRTIDA DOBRA EM CINCO ANOS

    A redução da área de gelo da Groenlândia e Antártida, as duas principais capas de gelo do planeta, dobrou desde 2009, de acordo com um estudo que analisou imagens de um satélite europeu. O exame dos dados gerados pelo CryoSat indicam que só a Groenlândia vem perdendo cerca de 375 km cúbicos de gelo por ano.

Os mapas mostram os resultados dos modelos de elevação gerados pela equipe alemã.
   Somado, o volume de gelo despejado todo ano pelas duas maiores capas chega a 500 km cúbicos, disse à BBC a pesquisadora Angelika Humbert, do Instituto Alfred Wegener (IAW), na Alemanha. "A contribuição das duas capas de gelo à elevação do nível dos oceanos dobrou desde 2009", afirmou Humbert. "Para nós, é um número inacreditável."

   O estudo do instituto, publicado na revista científica The Cryosphere, não calculou quanto o degelo colabora para a elevação do nível dos mares. Mas se todo o volume despejado nos oceanos for considerado como gelo (uma porção pequena seria de neve), a contribuição poderia ficar na ordem de pouco mais de um milímetro por ano.


Comparações

   O satélite CryoSat foi lançado pela Agência Espacial Europeia em 2010 com um sofisticado instrumento de radar projetado para medir o formato das camadas de gelo polares. O grupo do IAW, coordenado pelo cientista Veit Helm, estudou pouco mais de dois anos de dados para criar um modelo de elevação digital (MED) da Groenlândia e da Antártida e avaliar a sua evolução. O modelo incorpora 14 milhões de medidas de altura referentes à Groenlândia e outros 200 milhões referentes à Antártida.

   Quando comparadas com bases de dados semelhantes produzidas pela missão IceSat, da agência espacial americana (Nasa) produzidas entre 2003 e 2009, as medições permitem calcular mudanças no volume de gelo mais abrangentes que o período observado pelo CryoSat. Tendências negativas são resultado de degelo, enquanto tendências positivas são consequência de precipitação ou nevascas.

   A Groenlândia vem atravessando o seu momento de maior redução na elevação, perdendo 375 km cúbicos de gelo por ano, a maior parte nas costas oeste e sudeste da ilha. Há um derretimento significativo também na Corrente de Gelo Nordeste da Groenlândia. "Esta região é formada por três glaciares. Um deles, o Zachariae Isstrom, recuou um bocado e já houve registros de perda de volume. Mas agora vemos que essa perda de volume está se alastrando para áreas superiores, muito mais para o interior da capa de gelo do que se via antes", disse a professora Humbert.

O mapa mostra as áreas mais atingidas da Groenlândia.

Antártida

   Já na Antártida, a perda de volume anual foi calculada em cerca de 128 km cúbicos por ano. Como outros estudos já haviam indicado, a maior parte do degelo se concentra no lado oeste do continente, na área conhecida como Baía do Mar de Amundsen. Grandes glaciares da região estão recuando e perdendo espessura a um ritmo acelerado.

   Por outro lado, há ganhos de espessura na camada de gelo de algumas áreas, como em Dronning Maud Land, onde foram registradas nevascas colossais. No entanto, o acúmulo nessas áreas não compensa as perdas nas outras. Um grupo científico britânico recentemente produziu o seu próprio MED a partir de um algoritmo diferente aplicado sobre a base de dados do CryoSat. O resultado é parecido com o do IAW, e os alemães aplicaram o mesmo método para a Groenlândia, de maneira que pudessem comparar as duas capas de gelo. Quando comparadas, as reduções indicam as mesmas conclusões da missão americana Grace, que monitora as mudanças nas regiões polares a partir de dados gerados por um outro tipo de satélite, que observa o volume de gelo despejado no mar.

Fonte: BBC.

CADA UM SE VIRA COM O QUE TEM

   Um jornalista palestino está gerando repercussão na mídia árabe com uma versão alternativa do "desafio de balde de gelo", que procura refletir a situação em Gaza. Na versão palestina, ao invés de água gelada, o jornalista se 'banha' com um balde de escombros de ataques.



   Em um vídeo postado no YouTube, Ayman Aloul aparece cercado por ruínas de prédios destruídos pelo recente conflito entre o Hamas e Israel, derramando um balde cheio de entulho sobre sua cabeça. Na gravação, ele diz usar os escombros porque a água é rara e preciosa em Gaza e não há eletricidade para congelá-la. Usando a hashtag "#remainsbucket" (balde de destroços) no Twitter, ele pede às pessoas que façam o mesmo em demonstração de solidariedade com os palestinos.


   O "desafio do balde de gelo", ou Ice Bucket Challenge, é uma campanha para angariar fundos e chamar atenção para a esclerose lateral amiotrófica, que tornou-se viral na internet. A campanha pede que os usuários derramem um balde de água gelada sobre a cabeça, compartilhem o vídeo e desafiem outros amigos a cumprir o ritual.
   Na Índia, uma jornalista criou o "desafio do balde de arroz", no qual as pessoas são incentivadas a doar um balde do alimento aos que necessitam. A ideia foi rapidamente compartilhada pelas mídias sociais, mas não se sabe quantos baldes teriam sido doados.

Fonte: BBC.

   E aí? Quem vai desafiar seus amigos a derrubar um balde de destroços e se solidarizar com a causa palestina?

ENIGMAS GEOGRÁFICOS


Resposta: Movimento Pendular ou Migração Pendular

PARA QUEM QUER APRECIAR O TRAJETO

  Pesquisadores do Yahoo criaram uma nova ferramenta que vai mudar sua visão de GPS e tem tudo a ver com qualidade de vida. Trata-se de um algoritmo que ao invés de te indicar a rota mais curta, sugere o caminho mais bonito.
  Os primeiros testes foram feitos em Londres e depois em Boston. Moradores das duas cidades serviram como cobaias voluntárias e aprovaram a ferramenta.


 A equipe criou um algoritmo baseado nas opiniões das pessoas sobre espaços urbanos no site UrbanGems (clique aqui para acessar). A plataforma, também criada por eles, reúne fotos do Google Street View e Geograph para que os visitantes votem nas mais bonitas.
  Os dados coletados foram passados para um mapa. Ao procurar um caminho, o GPS age como um aparelho tradicional, buscando todas as rotas possíveis, mas inclui também o fator ‘beleza’. No final a rota escolhida é a que tiver as paisagens com notas mais altas de acordo com as votações no UrbanGems.
  Até o momento as rotas selecionadas são voltadas para pedestres. Por isso a expectativa é que a ferramenta tenha grande apelo para uso turístico. O próximo passo da equipe é criar um aplicativo e testá-lo em diversas cidades dos EUA e da Europa.

  Gostou da ideia? Acha que poderia ser útil em terras brasileiras?

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

IDENTIFICADOS GENES QUE PODEM SALVAR ARAUCÁRIA DO RISCO DE EXTINÇÃO

     De acordo com levantamento da IUCN, a araucária já perdeu 97% de sua área original, o que compromete drasticamente sua variabilidade genética e a coloca em risco de extinção. A cobertura dessas árvores correspondia a cerca de 40% da floresta ombrófila mista, um dos tipos de floresta que compõem o bioma da Mata Atlântica.
    Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) identificaram 24.181 genes ligados à formação do embrião da araucária (Araucaria angustifolia) - árvore nativa do Brasil também chamada de pinheiro-brasileiro - e de sua semente, o pinhão.
    A descoberta poderá auxiliar no estabelecimento de um sistema para a propagação in vitro da espécie, que está sob risco crítico de extinção, de acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), e cuja madeira tem alto valor de mercado.
    Com a identificação dos genes, será possível um maior controle sobre o processo de embriogênese somática, ou seja, a formação de um embrião sem que haja fecundação e a partir de células não reprodutivas.

+ DE 4.000

     VALEU GALERA POR CURTIR A PÁGINA INCENTIVANDO A PRODUÇÃO DE NOVOS MATERIAIS E FORTALECENDO A GEOGRAFIA.

      UM GRANDE ABRAÇO PARA TODOS OS SEGUIDORES ...


terça-feira, 26 de agosto de 2014

TÔ FALANDO, PROFESSOR GANHA POUCO


BRANCOS E NEGROS AINDA VIVEM SEPARADOS NOS EUA?

   No dia 28 de agosto de 1963, o pastor batista Martin Luther King fez um discurso em Washington, nos Estados Unidos, que entrou para a história: em frente a uma multidão de 250 mil pessoas, ele pediu o fim da desigualdade racial. "Não estaremos satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for apenas de um gueto menor para um maior", disse. Luther King havia se tornado naquele momento um baluarte dos direitos civis dos Estados Unidos, uma voz poderosa que clamava por um país onde não existiriam divisões raciais.

Martin Luther King Jr.

   Cinco décadas depois, os Estados Unidos mudaram e a distância que separa os negros dos brancos diminuiu. Mas as tensões raciais permanecem subjacentes, à espera de episódios como o ocorrido em Ferguson para voltar à tona. Subúrbio pobre do Estado americano do Missouri, Ferguson foi palco da morte de Michael Brown, de 18 anos, por um policial branco na semana passada. O jovem estaria desarmado. A morte de Brown causou revolta e desencadeou uma onda de protestos, à luz da polarização racial ainda existente no país. Um segundo jovem negro foi morto, adicionando maior comoção à reação popular.


Alta segregação


Protestos em Ferguson.
   Mas, há três décadas, Ferguson era um lugar de maioria branca. Em 1980, segundo dados do Censo americano, 85% de seus habitantes declaravam-se brancos. Mas progressivamente os brancos de Ferguson foram deixando a cidade e hoje a proporção racial da população se inverteu: de seus 21 mil habitantes, 15 mil são negros. Ferguson não é um caso isolado nos Estados Unidos e, à medida que mais negros deixam as cidades para se estabelecer nos subúrbios, é comum ver bairros ou mesmo cidades americanas onde eles têm um peso importante no contexto populacional. "Tem havido uma 'suburbanização' da população negra e muitos subúrbios que eram comunidades predominantemente brancas agora são mistas ou negras", disse à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Reynolds Farley, especialista em demografia da Universidade de Michigan.
   Um estudo de 2011 da Universidade de Brown, em Rhode Island, analisou a composição média dos bairros americanos e constatou que o "branco típico" do país vive em um bairro onde 75% da população é branca e 8% é negra. Já o típico negro, por sua vez, vive em um bairro onde 45% pertencem à sua raça e 35% são brancos. Uma das conclusões do estudo, chamado A persistência da segregação na metrópole, é que negros e brancos têm relativamente poucos vizinhos de outra raça em seus próprios bairros. "A segregação entre negros e brancos permanece ainda muito elevada", diz o estudo. O documento mostra, no entanto, que a distância entre as raças vem diminuindo lentamente desde os anos 70.
   Duas das razões para esse declínio são os movimentos migratórios da população negra para áreas menos segregadas do país ou para os subúrbios.
Na mesma pesquisa, fica claro que San Luis, a maior cidade de Ferguson, se situava em 2010 como uma das áreas metropolitanas mais segregadas dos Estados Unidos.

Outro lado

Integração racial no EUA?

  Mas um levantamento demográfico feito pelo Instituto Manhattan de Pesquisa Política, uma entidade conservadora sediada em Nova York, diz o contrário. O estudo concluiu que as cidades nos Estados Unidos atingiram o seu mais alto nível de integração racial desde 1910: os bairros totalmente brancos praticamente desapareceram e os chamados "guetos" estão em declínio.
   "Em 2010, a segregação racial estava em seu nível mais baixo em quase um século", diz o estudo. "Há 50 anos, quase metade da população negra vivia no que poderia ser chamado de um bairro "gueto", com uma proporção de 80% afro-americanos. Hoje, essa proporção caiu para 20%". Na época de sua publicação, o relatório provocou a ira de especialistas no assunto. Segundo eles, a segregação não foi erradicada nos Estados Unidos. Para Farley, o estudo "superestimou a integração" que teria ocorrido nos Estados Unidos.

Segregação racial na Carolina do Norte. Década de 1950.

  Um dos autores da pesquisa, Jacob Vigdor, que agora leciona na Universidade de Duke, na Carolina do Norte, esclareceu à BBC Mundo que não disse que "os (bairros) deixaram de ser segregados; apenas afirmamos que o país registrou a maior integração racial desde 1910". Vigdor acrescentou que a redução da segregação reflete tendências que não são observadas em subúrbios localizados próximos das cidades, mas sim naqueles mais distantes ou nas próprias periferias da metrópole.  Ele enfatizou que, em relação às últimas décadas, o país mudou. "Dois terços da população de Ferguson é negra", diz ele. "Há 40 anos, não havia uma comunidade sequer nos Estados Unidos que registrava tal proporção. Ou havia 5% de negros ou mais de 90% de negros".
   Já Reynolds Farley, da Universidade de Michigan, acredita que, apesar dos progressos consideráveis em algumas áreas, ainda existem muitos desafios para que o sonho de Martin Luther King se concretize. "Quando pessoas pobres de um determinado grupo racial se concentram em uma área, há uma falta de oportunidades e há maior relutância em investir nessas áreas.". "Há efeitos remanescentes da segregação residencial-racial", conclui.

Fonte: BBC (Adaptado).
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