O migrante vive num mundo onde a globalização dispensa fronteiras, muda parâmetros, ostenta luxos, esbanja informações, estimula consumos, gera sonhos e cria expectativas de uma vida melhor. No entanto, enquanto o capital e o comércio fluem livremente, a mão-de-obra se move de modo limitado e restrito (MARTINE, 2005). Nos últimos anos, milhões de pessoas deixaram seus países de origem em direção a regiões e países desenvolvidos. As rotas mais conhecidas da migração ilegal envolvem países do Norte da África (Marrocos e Argélia) e países da Europa Ocidental (como Espanha, Itália e Alemanha).
No entanto, a pandemia do Covid-19 tem forçado movimentos migratórios inéditos, e em sentido contrário! Migrantes, em sua maioria ilegais, fugindo do vírus e da consequente paralisação das economias europeias pagam até 35 mil reais para máfias de traficantes os transportarem em barcos até países como Marrocos e Argélia. Além dos riscos do próprio processo migratório ilegal, autoridades desses países estão preocupadas com a transmissão do Covid-19 pelos que retornam. A situação no Marrocos, por exemplo, é complicada, sendo o terceiro país com a maior quantidade de casos confirmados do Covid-19 na África e mantém restrições severas à sua população.
Fonte: El País (https://bit.ly/2KDrzgd)
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