Geógrafa Bertha Koiffmann Becker morreu no sábado, dia 13 de julho de 2013,
aos 83 anos. Professora emérita da Universidade Federal de Rio de
Janeiro (UFRJ), ela era uma referência internacional na área da
geografia política, principalmente em estudos sobre a Amazônia.
Integrante da Academia Brasileira de Ciências (ABC), deu aulas por quase
20 anos no Instituto Rio Branco, vinculado ao Ministério das Relações
Exteriores.
Bertha Becker era conhecida pelo método de atuação que unia teoria à
pesquisa de campo. Para conhecer a fundo a Amazônia, ouvia todos os
grupos sociais – índios, caboclos, ribeirinhos, trabalhadores urbanos,
empresários, Igreja e governo. Propunha uma visão integrada, sem
extremismos, como único caminho para conciliar a preservação e o
desenvolvimento dessa região que cobre um pouco mais da metade do
território brasileiro.
Para ela, grandes empreendimentos empresariais, a despeito da aversão
gerada pelas experiências malsucedidas nos anos 1970, devem coexistir
com pequenos projetos de produção familiar. Classificava a Amazônia como
uma “floresta urbanizada”, na qual que milhares de migrantes atraídos
para ocupar a floresta acabaram se concentrando em grandes aglomerados,
tangidos pela dificuldade de acesso à terra e por conflitos fundiários.
A geógrafa publicou 19 livros, sendo o mais recente “A urbe amazônica
entre a floresta e a cidade”. Bertha Becker morreu em seu apartamento
no Rio de Janeiro, de complicações decorrentes de um câncer de pulmão.
ENTREVISTA AONDE ELA PROPÕE SOLUÇÕES PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA
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